A “sinergia” entre o Cruzeiro de Leonardo Jardim e a torcida celeste no Mineirão tem dado certo. Antes do empate por 0 a 0 com o Atlético nesse domingo (18/5), pela nona rodada do Campeonato Brasileiro, a equipe vinha de cinco vitórias seguidas no estádio. Com o resultado no clássico, disputado em um Gigante da Pampulha abarrotado de cruzeirenses, a equipe chega aos seis jogos consecutivos sem derrota em casa.
Após a partida, Jardim rasgou elogios aos torcedores da Raposa e explicou que a emoção com a qual os brasileiros acompanham o futebol foi o principal motivo para que ele trocasse o Oriente Médio pelo país sul-americano.
“A sinergia está muito bem. A torcida tem sido espetacular no apoio à equipe, principalmente nos jogos em casa. O Mineirão tem estado quase sempre cheio, foi contra o Bahia, contra o Flamengo, hoje. Por isso que vim para o Brasil, para ter emoções.”
Leonardo Jardim
Emoção ‘para o bem e para o mal’
O técnico explicou que o “calor” com o qual o futebol é tratado no Brasil tem seu lado negativo, que é a falta de estabilidade para treinadores e outras “decisões precipitadas”.
“O futebol no Brasil, para o bem e para o mal, é muita emoção, muito coração. Existem decisões precipitadas, as quedas de treinadores acontecem com muita frequência, mas há também o lado positivo, que é sentir os torcedores amarem o clube, apoiarem, virem ao estádio, as pessoas que encontramos na rua, no dia a dia”, disse.
‘Comparou’ torcida do Cruzeiro às de três times europeus
Na sequência, o técnico voltou a dizer que “precisava” voltar a sentir a emoção dos torcedores com o futebol. Como trabalhou no Oriente Médio nos últimos quatro anos (Al-Hilal, da Arábia Saudita, em 2021/2022; Al-Ahli, dos Emirados Árabes Unidos, em 2022/2023; Al-Rayyan, do Catar, em 2023/2024; e Al Ain, dos EAU, em 2024/2025), ele disse que estava desacostumado com torcidas calorosas.
Jardim “comparou” a torcida do Cruzeiro às últimas três com as quais teve contato na Europa.
“Eu precisava de sentir um pouco isso (emoção, calor da torcida), senti no Olympiacos (da Grécia, comandado por ele em 2012/2013, no Sporting (de Portugal, comandado por ele em 2013/2014), um pouco no Monaco (da França, comandado por ele entre 2014/2015 e 2019/2020), mas quando fui para o Oriente Médio perdi um pouco dessa noção. Agora volto a ter esses sentimentos, que são extremamente positivos e agradáveis para quem trabalha no futebol”
Leonardo Jardim