A arbitragem de Bruno Arleu de Araújo desagradou jogadores de Mirassol e Cruzeiro, que expressaram o sentimento de revolta ao fim da partida. Leão e Raposa empataram por 1 a 1, nesta segunda-feira (18/8), no Estádio José Maria de Campos Maia, no interior paulista, pela 20ª rodada do Campeonato Brasileiro.
A bronca do Mirassol
A principal queixa do Mirassol diz respeito ao tempo em que o goleiro Cássio, por diversas vezes, levou para repor a bola. Em entrevista ao SporTV, Negueba, autor do gol do Leão, avaliou a partida e explicou a interação com a arbitragem.
“Gol (do Cruzeiro) muito cedo. Depois, controlamos o jogo e impusemos o ritmo. Acho que merecíamos a virada. A reclamação foi mais pela cera do Cássio, que catimbou o jogo todo”.
O arqueiro celeste chegou a ser advertido com um cartão amarelo aos 40 minutos do segundo tempo justamente por retardar o reinício da partida em tiro de meta.
Reinaldo, lateral-esquerdo do Mirassol, contestou o mesmo ponto ainda no intervalo: “A defesa do Cruzeiro toda já tinha que ter tomado cartão amarelo por cera. O árbitro não toma atitude. Se é a gente que está fazendo, toma cartão… A arbitragem está boa, tendo critério nas faltas, mas na cera não está tendo”.
A bronca do Cruzeiro
Zagueiro do Cruzeiro, Fabrício Bruno foi mais enfático na crítica. Corroborou o discurso de Kaio Jorge quando argumentou que a arbitragem, em lances inconclusivos, desfavorece o clube mineiro. O defensor disse que Bruno Arleu de Araújo ‘picotou o jogo’ e cobrou pênalti não marcado.
“Mirassol é um time forte dentro e fora de casa. A gente sabia que eles iriam se atirar pelo empate. Fica um recado. Tudo que está na dúvida é marcado para o adversário. O Bruno veio aqui e picotou o jogo de todas as formas, além do pênalti que ele não deu no primeiro tempo tempo. A gente precisa rever um pouco na arbitragem, porque o time deles também reclamou”, iniciou.
O suposto pênalti ocorreu no primeiro minuto de jogo. Na ocasião, Matheus Pereira arriscou um chute e furou. Na sobra, a redonda tocou a coxa de José Aldo e, posteriormente, a mão do meio-campista, sobrando para o goleiro Walter. Todos os jogadores do Cruzeiro que estavam próximos ao lance clamaram por pênalti. Entretanto, Bruno Arleu de Araújo nada marcou – nem o VAR contestou.
Incomodado, Fabrício Bruno também fez referência à derrota da Raposa por 2 a 1 para o Santos, no Mineirão, em Belo Horizonte. Wilton Pereira Sampaio, árbitro da partida, anulou um gol do Cruzeiro.
“Tivemos uma derrota sofrida no último jogo. Hoje conseguimos um empate. Agora é retomar as vitórias dentro de casa. Não vou dizer que são erros específicos. Todos os jogos têm polêmicas. Tivemos um gol anulado, um pênalti que não foi dado. É um erro técnico, mas, na dúvida, sempre é para o adversário. Vamos lutar contra tudo para buscar o que queremos no campeonato”, finalizou.
Mirassol e Cruzeiro no Brasileiro
O empate tira do Cruzeiro e dá ao Palmeiras a segunda colocação. A Raposa, agora em terceiro lugar, soma 38 pontos, 11 triunfos, cinco empates e quatro derrotas. O Mirassol, por sua vez, manteve-se no G6, com 29 pontos, sete vitórias, oito igualdades e três tropeços.
A Raposa volta a campo neste sábado (23/8), às 18h30, contra o Internacional, no Mineirão, em Belo Horizonte, pela 21ª rodada do Brasileiro. O Leão tem compromisso no domingo (24/8), às 18h30, contra o Fortaleza, no Castelão, na cidade homônima, pela mesma rodada.