Zagueiro do Cruzeiro, Fabrício Bruno não gostou do reencontro com o árbitro Bruno Arleu de Araújo. Inconformado, o defensor ficou na bronca com o profissional por não ter dado pênalti para a Raposa no início do empate por 1 a 1 com o Mirassol, nesta segunda-feira (18/8), pela 20ª rodada do Campeonato Brasileiro. Ainda no Campos Maia, no interior paulista, o atleta atribuiu adjetivos negativos ao juiz do confronto.
No futebol profissional desde 2016, Fabrício Bruno disse já ter se encontrado com o árbitro em diversas oportunidades. O primeiro contato entre ambos em Mirassol x Cruzeiro, como relatado pelo defensor, não foi amistoso: “No começo do jogo falei com ele para não começar com ‘isso’ porque já o conheço bem”.
No primeiro minuto da partida, uma bola chutada por Matheus Pereira bateu na coxa e, posteriormente, na mão do meio-campista José Aldo, posicionado na grande área. De imediato, os jogadores do Cruzeiro pediram pênalti, mas Bruno Arleu de Araújo mandou seguir, e o VAR compactuou com a decisão. Naquele momento, Fabrício Bruno trocou palavras com o árbitro.
“Ele falou assim ‘Fabrício, para não ficar de disse me disse, a bola resvala na coxa e, logo em seguida, ele bate com a mão na bola’. Eu falei ‘Bruno, deixa eu te falar, ele assume o risco. A bola passa, ele dá um tapa na bola. A bola ia cair no pé do Kaio Jorge’. Aí ele disse ‘Ah, vai jogar’. Não é assim que as coisas funcionam”
Fabrício Bruno, zagueiro do Cruzeiro
O defensor celeste pediu atenção do vídeo e exigiu critério nas marcações: “Se a gente tem uma ferramenta que é o VAR, cara, que trouxe para o futebol brasileiro, tem que ser utilizada. O problema é que é um erro que vem acontecendo com frequência, não é um fato isolado… Tem que ter um discernimento maior de como é aplicada a regra”.
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‘Muito prepotente’
Fabrício Bruno relembrou um lance ocorrido na final do Campeonato Carioca de 2023, quando defendia o Flamengo. Na ocasião, Felipe Melo, à época volante do Fluminense, cabeceou a bola, que tocou no braço do defensor cruzeirense. Com o auxílio do VAR, Bruno Arleu de Araújo marcou pênalti.
O atacante Cano errou a cobrança, mas converteu no rebote. O tricolor, que havia perdido o confronto de ida por 2 a 0, reverteu. Venceu aquela partida por 4 a 1 e conquistou o título do Carioca.
“Por incrível que pareça, na final do Carioca, tive um lance semelhante. Eu completamente encoberto, o Felipe Melo cabeceia a bola, ela bate no meu braço, distância de centímetros, ele (Bruno Arleu de Araújo) deu um pênalti. Hoje, em um lance claro, ele não dá? Muito prepotente, muito marrento. A soberba pode descrever bem. Os caras que apitam têm que ter entendimento que as estrelas são os 22 jogadores que estão lá dentro. Eles estão ali para aplicar a regra”
Fabrício Bruno, zagueiro do Cruzeiro