O Cruzeiro aderiu e se inscreveu no Grupo de Trabalho (GT), proposto pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para aprimorar a arbitragem brasileira. A entidade desenvolveu o projeto com a necessidade de aperfeiçoar de forma contínua os processos da arbitragem, garantindo transparência, qualidade e padronização nas decisões em campo.
A CBF recebeu inscrições até a última quarta-feira (29/10) e ainda não divulgou quais clubes, federações, árbitros e assistentes manifestaram interesse. A presença do Cruzeiro no GT foi divulgada inicialmente pela Itatiaia e confirmado pelo No Ataque.
O que é o GT?
De um modo geral, a intenção da CBF é aprimorar a arbitragem nacional. O projeto, voluntário e sem remuneração, segue as diretrizes da Federação Internacional de Futebol (Fifa) e da International Football Association Board (IFAB), órgão responsável por definir as regras do futebol mundial.
De acordo com a entidade, a proposta é que o GT se torne uma ferramenta estratégica de modernização da arbitragem. O grupo terá como foco boas práticas internacionais, avaliação de novas tecnologias e estudo de caminhos para a profissionalização da categoria.
Entre os eixos principais do GT está a criação de um modelo de governança compartilhada, que permitirá a participação direta de clubes e federações no acompanhamento das medidas e no desenvolvimento de políticas voltadas à arbitragem. A primeira proposta deve ser apresentada em cerca de 58 dias.
O presidente da Federação Amapaense de Futebol (FAF), Netto Góes, comandará o grupo, enquanto Helder Melillo, diretor executivo da CBF, atuará como relator dos trabalhos.
“Agora estamos formando um Grupo de Trabalho abrangente, com federações, clubes e profissionais da área, para construir a estratégia que iremos tomar à frente da arbitragem, com educação continuada, a modernização, com implantação do impedimento semiautomático, e o debate sobre a profissionalização da arbitragem”, disse Samir Xaud, presidente da CBF.
Algumas atuações incomodam o Cruzeiro
Algumas atuações da arbitragem têm incomodado o Cruzeiro em jogos do Campeonato Brasileiro. Recentemente, por exemplo, o técnico Leonardo Jardim tornou pública a insatisfação com a equipe que apitou o empate sem gols com o Palmeiras, no último domingo (26/10), no Allianz Parque, em São Paulo, pela 30ª rodada da Série A.
Palmeiras x Cruzeiro
Na partida em questão, Wanderson avançava com a bola no campo ofensivo quando foi parado por Gómez por meio de um carrinho, ainda aos 10 minutos do primeiro tempo. O zagueiro palmeirense acertou a bola e, em seguida, carimbou com a sola da chuteira a canela direita do atacante cruzeirense, que precisou deixar a partida.
Árbitro da partida, Rafael Klein não puniu Gómez de forma imediata. Logo na sequência, recebeu a orientação de Daniel Nobre Bins, comandante do VAR, para revisar o lance – sugestão de cartão vermelho. Apesar de ter reassistido à jogada, o dono do apito voltou ao campo e mostrou apenas o cartão amarelo para o zagueiro do Palmeiras.
Dias depois, o Cruzeiro confirmou lesão muscular de Wanderson em decorrência do lance. Segundo Sérgio Campolina, médico do clube, trata-se de uma contusão ‘importante’, que demandará recuperação estendida. Disse, ainda, que é possível que o atleta “não esteja disponível para a participação nas partidas dos próximos meses”, sugerindo a ausência do atacante no restante da temporada.
A expulsão do zagueiro Fabrício Bruno na mesma partida também não agradou à diretoria. Aos 25 minutos do segundo tempo, o meio-campista Allan desceu em contra-ataque e caiu ao se chocar com o defensor celeste, que recebeu o segundo amarelo e desceu para o vestiário mais cedo.
Atlético x Cruzeiro
Pouco antes do confronto com o Palmeiras, o Cruzeiro se queixou da atuação de Paulo Cesar Zanovelli no empate por 1 a 1 com o Atlético. Aos quatro minutos do segundo tempo do clássico, o árbitro assinalou um escanteio para os alvinegros, mas a marcação correta seria tiro de meta para o goleiro Léo Aragão. A cobrança resultou no tento do Galo.
Outros lances ocorridos no Campeonato Brasileiro seguem no imaginário da diretoria celeste, como a expulsão do zagueiro Jonathan Jesus na derrota por 3 a 0 para o Internacional, pela segunda rodada.