Ex-atacante do Atlético, André Felipe, conhecido como André Balada, soma passagens por diversos clubes do futebol brasileiro. Em alguns, ele obteve sucesso, em outros, nem tanto – é o caso do Cuiabá, do qual o jogador demonstrou não sentir saudades e e lidou com atritos com Cristiano Dresch, presidente do clube.
André chegou ao clube mato-grossense em janeiro de 2022 e permaneceu até outubro do mesmo ano. Em entrevista ao canal do jornalista Igor Rodrigues, o atacante revelou que, por ele, a passagem teria durado menos tempo.
“O problema do Cuiabá não é o calor, não é a cidade, não é nada, é o presidente que é maluco. Ali foi complicado, tem uns guerreiros que estão até com o depressão depois do Cuiabá. É um clube totalmente diferente de tudo que eu já vi na vida. O presidente põe as coisas dele. O futebol tem uma cartilha, tem umas regras de futebol, igual em toda profissão tem. O cara (presidente) rasga todas as cartilhas, é o que ele pensa e pronto. Eu cheguei no Cuiabá, pedi para ir embora em um mês e ele não deixou”, iniciou.
Ao todo, foram 26 partidas, quatro gols e duas assistências pelo Dourado. Os números pouco expressivos refletem a relação conturbada que existia entre ele e Cristiano Dresch.
“Foi tipo a situação do Deyverson, mas ele não deixou eu ir embora. Eu tinha proposta para fora do Brasil, dinheiro bom e falei: ‘Pô, presidente, eu não estou jogando’. E ele não deixa eu ir embora, eu falava que não estava bem, não estava feliz, sem jogar, e ele falou: ‘Não, problema é seu, você assinou contrato, vai ficar aí’. Eu pedi para ir embora três vezes, até que chegou na última vez e, quando você pede para ir embora três vezes, uma hora vai ter indisciplina”.
“Estávamos eu e o Rodriguinho (meio-campista), ele entrou em uma de que não queria voltar para o hotel e eu não ia deixar ele sozinho. No final sobrou para mim e eu fui embora (do Cuiabá) (…) A gente foi em um show do Jeito Moleque (banda de pagode) e a gente tinha que voltar 22h, mas quando deu 22h estávamos chegando no show. Aí eu falei: ‘Rodriguinho, quem chega 22h, chega 22h30’. Quando deu 22h30, ele virou para mim e falou: ‘Quem chega 22h30, chega 23h30’. Eu falei: ‘Cara, está desandando’. Deu 2h30 e a gente não tinha chegado”.
André, ex-atacante do Cuiabá
Em 5 de outubro de 2022, o Cuiabá anunciou a rescisão de contrato com o jogador. Ele permaneceu sem clube até 2023, quando se transferiu para o Torpedo, da Rússia. No retorno ao Brasil, no mesmo ano, vestiu a camisa da Ponte Preta. Nesta temporada, ele está jogando pelo América-RJ.
Trajetória de André e passagem pelo Galo
André teve duas passagens pelo Atlético – de 2011 a 2012 e de 2014 a 2015. Pelo Galo, o atacante fez 32 gols em 81 partidas.
Revelado pela Cabofriense, André teve o melhor momento da carreira pelo Santos. Da mesma geração de Neymar e Paulo Henrique Ganso, o centroavante brilhou no Peixe de 2008 a 2010.
Foram 28 gols em 51 partidas do camisa 9 na primeira passagem pela Vila Belmiro – retornou em 2012, mas sem o mesmo destaque. Ele conquistou o Campeonato Paulista, a Copa do Brasil (ambos em 2010) e a Recopa Sul-Americana (2012).
