O presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, afirmou que sempre quis ver o goleiro Fábio jogando pelo clube. A oportunidade surgiu entre o fim de 2021 e o início de 2022, quando o Cruzeiro, já administrado pela SAF de Ronaldo Nazário, optou por não renovar com o ídolo.
Em entrevista ao Charla Podcast, Mário Bittencourt estranhou o fato de a Raposa abrir mão de Fábio, à época aos 41 anos e em vias de completar mil jogos com a camisa celeste.
“Não é nenhuma crítica ao Cruzeiro. Mas foi o clube que deixou um goleiro sair às vésperas de fazer mil jogos pela instituição. A gente foi lá buscar esse cara, porque eu tinha o sonho de ter ele agarrando no Fluminense. Eu sempre olhava ele e falava: ‘P…, imagina um dia esse cara agarrando pelo Fluminense’. Isso quando eu era torcedor somente”.
Mário Bittencourt
Ao deixar o Cruzeiro, Fábio recebeu duas propostas: uma do América e outra do Fluminense. Após conversar com a família, preferiu sair de Belo Horizonte, onde residia desde 2005, para seguir rumo ao Rio de Janeiro.
“A gente acreditou num goleiro com mais de 40 anos de idade, que estava com uma proposta nossa e do América. Contratamos ele pelo computador. E quando falei com ele por uma videoconferência, ele disse: ‘Presidente, não precisa falar pra mim de dinheiro. O América me propôs isso, basta empatar, mas eu preciso sentar com minha mulher, perguntar pra Deus pra onde eu devo ir”, contou Bittencourt.
Carreira de muitos títulos
Fábio saiu do Cruzeiro com 976 partidas e 12 títulos oficiais: dois Campeonatos Brasileiros (2013 e 2014), três Copas do Brasil (2000, 2017 e 2018) e sete Campeonatos Mineiros (2006, 2008, 2009, 2011, 2014, 2018 e 2019). Em conquistas internacionais, o goleiro bateu na trave ao ser vice-campeão da Copa Libertadores de 2009, com derrota para o Estudiantes, da Argentina, na final.
No Fluminense, Fábio continuou jogando em alto nível com defesas arrojadas e foi peça importante na caminhada ao título que lhe faltava: o da Libertadores de 2023.
O Tricolor liderou o Grupo D, com 10 pontos, e superou adversários tradicionais nos mata-matas: Argentinos Juniors, nas oitavas; Olimpia, nas quartas; e Internacional, nas semifinais. Na decisão, ganhou do Boca Juniors, da Argentina, por 2 a 1.
Hoje aos 43 anos, Fábio tem mais de 120 jogos pelo Fluminense e renovou o vínculo até dezembro de 2025
