Um pecado. É assim que o meio-campista Lucas Sasha, que terminou a derrota por 4 a 2 do Fortaleza contra o Botafogo como capitão neste domingo (7/12), no Estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro, definiu o rebaixamento da equipe para a Série B do Campeonato Brasileiro.
O Leão do Pici estava na Série A havia sete anos seguidos e teve diversas campanhas de destaque na competição. Nesse período, o tricolor se classificou para a Copa Libertadores três vezes, chegou a uma final da Copa Sul-Americana e terminou um campeonato na quarta colocação – na edição de 2021.
“É difícil encontrar palavras agora, né? É… Independente da nossa luta ou não, ver um projeto indo para a segunda divisão é muito difícil, principalmente um projeto como Fortaleza. Um projeto que até o ano passado era visto como espelho e um projeto de gente séria, com pessoa séria, sabe? Futebol a gente sabe por aí o quanto tem gente ainda fazendo coisa que não deve, salários atrasados e dívidas milionárias. E é um pecado ver o Fortaleza, um clube tão sério, cair para a Segunda Divisão. Então, a sensação é das piores possíveis.”
Lucas Sasha
“Lutamos, batalhamos, demoramos a reagir no campeonato. O futebol brasileiro não perdoa. É um futebol muito competitivo. No final das contas não vale de nada a nossa reação e é isso, não tem muito mais o que falar”, completou Sasha.
O que mais Sasha disse
“(A torcida) é leal, isso já diz no hino, e eu tenho certeza que na Série B eles vão seguir acompanhando e dando força para que o Fortaleza volte para a Série A o mais rápido possível. Tenho certeza que vai ser um ano de reconstrução, um ano que eles vão caminhar junto com o clube. Se Deus quiser, o mais rápido possível, que em 2027 a gente possa ver o Fortaleza de novo na Série A, dando alegria para eles”, continuou Lucas, que pediu desculpas para os torcedores.
“Eu não sei nem… É um pedido de desculpa que a gente tem que dar. No final das contas, nós, os jogadores, que colocamos a cara ali, então é um pedido de desculpa pelo rebaixamento. Ninguém queria isso. A gente honrou essa camisa, a gente batalhou. Mas infelizmente as coisas não saíram como a gente queria.”
Lucas Sasha, em entrevista ao Premiere
Rebaixamento dramático
Na zona de rebaixamento da Série A por 26 rodadas, o Leão do Pici havia emplacado reação espetacular, com nove jogos consecutivos invictos, e tinha saído do Z4 na 37ª rodada. A equipe treinada pelo argentino Martín Palermo, portanto, dependia só de si para garantir a permanência na elite.
Para melhorar, o Fortaleza abriu o placar do duelo logo aos 17 minutos de jogo, com o atacante Breno Lopes. O Botafogo virou com gols do meio-campista argentino Montoro, aos 45 minutos do primeiro tempo, e do atacante Arthur Cabral, aos três do segundo.
O tricolor reagiu rapidamente e empatou com o centroavante paraguaio Adam Bareiro, de pênalti, aos 11 minutos da etapa complementar. O resultado servia para manter a equipe na Série A – contudo, aos 39 minutos do segundo tempo, o lateral-esquerdo Marçal marcou para o Botafogo, que ampliou com o zagueiro uruguaio Matteo Ponte nos acréscimos e decretou o rebaixamento surpreendente do Leão do Pici.