O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) aceitou a liminar da Procuradoria para punir o Internacional por um ato racista ocorrido durante partida disputada nessa segunda-feira (31/3) contra o Sport, no Sesc Campestre, em Porto Alegre, pelo Brasileiro Feminino A1.
Até a o fim do julgamento, o Colorado jogará, como mandante, com portões fechados na competição. A decisão foi tomada pouco mais de 12 horas depois do ato registrado nos instantes finais do jogo pela terceira rodada. As equipes empataram por 2 a 2.
De acordo com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), toda a documentação da partida foi enviada imediatamente à Procuradoria-Geral do STJD.
“A CBF condena veementemente qualquer tipo de ação discriminatória no futebol e não tolera casos de racismo no esporte”, publicou a entidade em nota oficial nessa segunda.
O caso de racismo
Nos acréscimos do segundo tempo, uma banana foi atirada em direção ao banco de reservas da equipe pernambucana. De acordo com o Inter, uma jogadora das categorias de base do clube foi a responsável. O clube também anunciou que rescindiu o contrato da atleta.
O Sport publicou uma nota de repúdio e cobrou apuração rigorosa dos fatos.
“Esse ato repugnante é uma clara manifestação de racismo e intolerância, e não pode ficar impune. O Sport Club do Recife não tolera qualquer forma de discriminação ou preconceito e exige a punição exemplar do responsável”, diz a nota do clube pernambucano.
Leia a nota da CBF na íntegra
Logo após tomar conhecimento do suposto ato racista sofrido pelas atletas do Sport na partida contra Internacional, realizada nesta segunda-feira (31), pelo Campeonato Brasileiro Feminino A-1, em Porto Alegre, a CBF informa que enviou de imediato toda a documentação à Procuradoria-Geral do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) cobrando apuração rigorosa dos fatos.
A entidade pediu também punição preventiva ao clube gaúcho, caso seja confirmada a agressão racista. No pedido de abertura do inquérito, a CBF requereu que o Internacional cumpra três partidas de portões fechados fora da capital gaúcha até o julgamento da questão.
O episódio foi registrado pelas câmeras da TV Brasil. Nas imagens da emissora, é possível ver a quarta árbitra Andressa Hartmann recolhendo o pedaço de banana para registrar o caso em súmula após a reclamação das atletas do Sport.
“Vamos cobrar uma apuração rigorosa. Não existe mais espaço para racistas no futebol”, afirmou o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.
A CBF condena veementemente qualquer tipo de ação discriminatória no futebol e não tolera casos de racismo no esporte.
O combate ao racismo é uma das prioridades da CBF, a primeira confederação a implementar punição desportiva em seu Regulamento Geral de Competições para casos de preconceito.