O ex-jogador e apresentador Neto detonou, nesta segunda-feira (16/9), Leila Pereira, presidente do Palmeiras, por ter deixado o lateral-esquerdo Caio Paulista, acusado de agressão pela ex-esposa, atuar nesse domingo.
A equipe alviverde venceu, por 5 a 0, o Criciúma na Allianz Arena, pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro. O jogador iniciou a partida como titular e foi expulso no segundo tempo.
Durante o programa Os Donos da Bola, Neto, criticou a decisão do clube de permitir que Caio jogasse mesmo durante investigação.
“Para mim, você (Leila), é a mulher mais empoderada deste país. Você deixa (jogar) o Caio Paulista, que tem uma suposta agressão dele com a mãe do filho dele…”, inicia.
“O advogado falou que a menina não fez o boletim de ocorrência porque ela tem medo. Todas as mulheres desse país tem medo realmente. Feminicídio está, mulheres apanhando e morrendo”, adiciona.
“Vocês não podem deixar o Caio Paulista jogar. Ele jogou e foi expulso. Aí o Palmeiras vem com uma nota esdrúxula”, afirma.
“Vocês aí do Palmeiras, assessoria, podem meter o pau, não precisa deixar dar entrevista para mim. Está tudo certo não preciso de vocês para sobreviver…Desde que eu saí do Palmeiras vocês fazem isso. Não estou nem aí para vocês. Não tenho medo de vocês”, pontua.
“Aí Leila, queria saber, você como mulher, se está certo deixar o Caio Paulista jogar numa situação como esta. Ele ainda não foi condenado e a polícia está vendo, mas está certo isso ?”, finaliza.
O caso
No último sábado, Clara Monteiro, ex-esposa do atleta, publicou imagens nas redes sociais em que mostra hematomas pelo corpo. Segundo o UOL, ela acusou o jogador de agressão e abriu um processo contra ele.
“Pensei em inúmeras vezes se iria realmente expor minha vida aqui, mas eu simplesmente não tive outra opção. Eu estou exausta. Já ultrapassei os meus limites. Eu cansei. Cansei de me calar, cansei de me esconder e de me sabotar por diversas vezes devido a esta situação. Hoje venho através desta carta aberta para o meu eu, sobre algo que me assombra dia e noite, e sei que vou levar comigo no decorrer dessa vida, essa cicatriz e esse trauma misturado com esse sentimento de angústia no meu interior“, inicia no post.
“Mas sobre isso tudo eu preciso me manter forte nessa situação todas as manhãs e sei que sou uma mulher forte pra caramba e consegui me manter firme e de pé sozinha até aqui. Mas não estou aqui depois de tanto tempo pra deixar passar em branco, e sei que diversas mulheres passam por isso todos os dias, quero que todas as mulheres leiam e tenham certeza que por mais difícil que seja, você consegue sim sair de uma agressão psicológica, agressão física e verbal. Eu desejo forças a todas as mulheres que passam por isso e sair disso tudo é muito difícil, mas não é impossível”, completa.
Resposta de Caio Paulista
O jogador se pronunciou sobre á acusação da ex-companheira.
“Em relação à carta aberta postada ontem pela minha ex-namorada e mãe da minha terceira filha, venho a público me posicionar. Tivemos um relacionamento de alguns meses e, passado quase um ano do fim, estamos discutindo na Vara Familiar de São Paulo temas financeiros relacionados à pensão alimentícia e outras demandas. Até o momento, não houve acordo e corre em segredo de justiça. Não existe nenhuma outra demanda em Vara Criminal relacionada a supostas agressões. Venho afirmar que nunca a agredi, bem como não agredi nenhuma outra mulher, e, acima de tudo, a respeito como mãe da minha filha“, disse em nota.
Nota do Palmeiras
Com a repercussão do caso, o Palmeiras divulgou uma nota oficial.
“A Sociedade Esportiva Palmeiras esclarece que, tão logo tomou conhecimento sobre a carta aberta publicada pela mãe de um dos filhos do atleta Caio Paulista em uma rede social, o jogador foi convocado pela diretoria para uma reunião, ocorrida na noite de sábado. Questionado a respeito do relato e das imagens divulgados, Caio Paulista negou ter cometido qualquer agressão e disse não haver processo ou investigação contra ele na esfera criminal. É de conhecimento público que o Palmeiras não tolera qualquer forma de violência e tem no respeito pela mulher um de seus valores fundamentais. Todos os colaboradores do clube devem seguir as normas de conduta estabelecidas internamente, que preveem diferentes medidas punitivas, a depender da gravidade do fato e da comprovação penal. O Palmeiras seguirá acompanhando o caso com a devida atenção”.
