O centroavante Vitor Roque, do Palmeiras e da Seleção Brasileira, publicou nesta terça-feira (25/11) nas redes sociais um manifesto contra a homofobia. A postagem é fruto de um acordo entre jogador, clube e Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
No último dia 15, o departamento jurídico do Palmeiras acertou com o órgão que Vitor Roque deveria fazer uma publicação pelo combate à homofobia e pagar uma multa de R$ 80.
O jogador de 20 anos seria julgado acusado de homofobia por ter feito um post com a imagem de um tigre – o apelido de Vitor é “Tigrinho” – mordendo um veado, pejorativamente associado à homossexualidade.
O animal era uma referência ao São Paulo, que havia sido derrotado por 3 a 2 pelo Palmeiras.
A postagem de Vitor Roque
Homofobia não é provocação. Homofobia é violência!
Muitas vezes, comentários preconceituosos são vistos como “brincadeira”, “provocação” ou “coisa do futebol”. NÃO SÃO!
Qualquer forma de discriminação fere, exclui e agride. Não existe espaço para o preconceito no esporte, na sociedade ou em qualquer outro lugar.
Normalizar a homofobia é perpetuar um problema estrutural. É estimular o ódio que gera violência.
PRECISAMOS EVOLUIR. Como atletas, torcedores e cidadãos. Como sociedade.
O RESPEITO É INEGOCIÁVEL. DENTRO E FORA DE CAMPO.
Relembre o caso
O atacante foi denunciado devido a uma publicação provocativa ao São Paulo após a vitória de virada por 3 a 2 no Choque-Rei, disputado no Morumbis. Na ocasião, Vitor Roque postou uma imagem, que foi apagada minutos depois, de um tigre mordendo o pescoço de um veado. Pelo teor homofóbico, o atleta foi enquadrado no artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva.
“A cabeça está tranquila, acho que não vejo (um ato) para uma suspensão. Uma conversa educativa já é válida. Não foi algo de homofobia, foi só brincadeira, sem maldade, estão levando para outro lado. Se acharem isso, peço desculpas. Não temo ser suspenso, os advogados do Palmeiras estão trabalhando”, declarou Vitor Roque, em 13 de novembro.
