Por Eder Traskini – O São Paulo contratou o escritório de Ricardo Bianchini para combater a pirataria de produtos oficias do clube. A empresa do advogado possui inteligência artificial que localiza produtos suspeitos pela internet. A ‘IA’ usa parâmetros como modelo, tamanho e, sobretudo, valor.
O escritório atua nos âmbitos físico e virtual para localizar produtos não licenciados. A busca não é apenas por camisas, mas também canecas, cadernos, etc.
Uma vez identificado o produto falsificado, o vendedor é autuado e precisa pagar multa e indenização ao clube. Em caso de reincidência, a multa fica ainda maior, podendo chegar na casa dos R$ 70 mil.
“As indenizações podem variar caso a caso e são critérios nossos, em paralelo com a legislação. É inafastável indenizar o clube. Aqueles que não indenizam, nós providenciamos a instauração de inquérito policial e as medidas cabíveis para que o clube possa se ressarcir”, disse Ricardo Bianchini, em contato com o UOL.
O São Paulo sabe que a busca por produtos oficiais na internet é grande e quer eliminar os anúncios que são falsos. O clube tem seus revendedores licenciados, mas entende que o torcedor pode se confundir na hora de comprar.
O advogado explica que muitas vezes, na internet, o consumidor conhece a plataforma em que está comprando, mas não o lojista em questão.
“A pirataria se estabelece em dois ambientes: o físico e o virtual. Pela internet, você só sabe o site que está vendendo, mas não conhece a qualidade e a origem. Tanto que nós procedemos semanalmente uma série de denúncias para derrubar lojas dentro de plataformas. No ambiente físico, a atuação é feita mediante mandados de busca e apreensão.”
Outros clubes brasileiros já contrataram os serviços do escritório
Os rivais Corinthians e Santos já trabalham com o escritório de Bianchini contra a pirataria de produtos oficiais. Outros dois clubes do Rio de Janeiro e um de Minas Gerais também já fizeram contato com o mesmo intuito.
Além do combate por si só, outro objetivos dos clubes é a valorização dos parceiros que pagam royalties para comercializar produtos oficiais. A ideia é que, ao retirar a pirataria do mercado, as vendas dessas lojas sejam impulsionadas.