O lateral-direito Daniel Alves foi condenado a 4 anos e 6 meses de prisão pela Justiça espanhola nesta quinta-feira (22). Ele foi considerado culpado por estupro a uma mulher de 24 anos, em Barcelona. Mesmo preso, o jogador segue dando um prejuízo mensal altíssimo ao São Paulo.
Daniel Alves rompeu seu vínculo com o Tricolor Paulista em setembro de 2021. Já em janeiro de 2023, ele foi preso pelo caso de agressão sexual contra uma mulher dentro de uma boate em Barcelona, caso que ocorreu em dezembro de 2022. Na quebra de contrato, o clube assumiu com o lateral um acordo que hoje drena R$ 450 mil mensais. Em entrevista à Folha de S.Paulo nesta semana, o presidente Julio Casares confirmou os valores.
“Na saída dele fizemos uma confissão de dívida e um acordo que baixou de R$ 50 milhões para R$ 25 milhões. Estamos pagando”, disse Casares.
De acordo com o balanço financeiro divulgado no início do ano passado, R$ 2,4 milhões foram pagos até dezembro de 2022. Contudo, o São Paulo alega que metade da dívida já está paga.
O Tricolor Paulista não conseguiu encontrar uma brecha que interrompa o pagamento ao lateral-direito. Assim, mesmo preso, o clube precisa seguir pagando Daniel Alves. O São Paulo teme que se parar com os pagamentos, o jogador possa vir no futuro colocar a instituição na justiça.
Daniel Alves chegou ao São Paulo com muita expectativa, mas nunca conseguiu mostrar o que tanto se esperava. Ele disputou 95 jogos, marcou dez gols e conquistou o título do Campeonato Paulista. Entretanto, o que ficou mesmo marcado acabou sendo a dívida de R$18 milhões com o clube.
O julgamento de Daniel Alves
O Ministério Público Espanhol pediu nove anos de prisão para Daniel Alves por conta do caso de estupro. A acusação, por sua vez, queria 12 anos. A decisão da Justiça levou em consideração o pagamento de 150 mil euros (R$ 900 mil) feito por Daniel Alves, que serviu como atenuante de pena. O valor irá à vítima por danos morais e lesões causadas.
Após cumprir os 4 anos e 6 meses de prisão, Daniel Alves terá sua liberdade vigiada. O jogador está proibido de se aproximar da vítima, da casa dela ou trabalho. A distância deverá ser de pelo menos 1 quilômetro. O brasileiro está ainda proibido de se comunicar com a mulher por qualquer meio durante o período de nove anos e seis meses.