SÉRIE B

Kajuru acusa time da Série B de receber ‘mala branca’: ‘Pior que prostituta’

Senador pelo estado de Goiás, o jornalista ainda chamou os atletas do clube nordestino de "canalhas" e "bandidos"; sindicato emitiu nota repudiando as declarações
Foto do autor
Compartilhe

O senador Jorge Kajuru (PSB) disse que os jogadores do ABC receberam R$ 200 mil de clubes interessados na derrota do Vila Nova, que lutava pelo acesso à Série A. Na última rodada da Segunda Divisão, o time de Natal venceu a equipe goiana por 3 a 2. Kajuru ainda chamou os atletas do clube nordestino de “canalhas” e “bandidos”.

“Para mim, os jogadores do ABC de Natal são piores do que prostitutas. Muito piores. As prostitutas são mais éticas do que eles. Eles até agora não jogaram nada, deixaram o ABC rebaixado, desmoralizado no Campeonato Brasileiro. O ABC vai agora para a terceira divisão, de repente vai para a Série D. Tomara que vá para a Série Z. Tô cagando para o ABC de Natal”, disse.

“Tenho 45 anos de carreira no futebol. A maioria da classe é de bandido, é de canalha (…) Vocês (jogadores do ABC) são canalhas, bandidos. Vocês não tiveram dignidade de vestir a camisa do ABC durante o campeonato, rebaixaram o time, e, na última rodada, no último jogo, jogaram como se fosse uma Copa do Mundo porque vocês receberam R$ 200 mil cada um de prêmio para derrotar o Vila Nova e derrotaram. É por isso que tenho nojo do futebol”, completou.

O ABC venceu o Vila Nova-GO, por 3 a 2, no sábado (25/11), no Frasqueirão, em Natal, pela última rodada da Série B. Com o resultado, o time do Centro-Oeste, que estava na quarta posição, caiu para o oitavo posto e não conseguiu voltar à elite do futebol brasileiro.

Sindicato rechaça acusações

O Sindicato dos Atletas de Futebol Profissional do Estado do Rio Grande do Norte (Safern) repudiou as declarações do senador Jorge Kajuru.

“Certamente que o senador, em disparate, deve ter confundido sua condição de homem público eleito pelo povo do Estado de Goiás com a sua profissão nata de jornalista, onde a emoção, o equilíbrio precisa ser contido para o bem da informação isenta. Atingir a dignidade das pessoas afronta cláusulas pétreas inseridas na Carta de Outubro, notadamente o art. 5º e suas derivações”.

“Sabendo disto, cumpre-nos o dever de sugerir ao jornalista que se retrate, publicamente e no mesmo tempo e modo, das gravíssimas acusações proferidas contra os profissionais que defenderam bravamente o centenário clube potiguar”, acrescentou.

Compartilhe