Presidente da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do América, Marcus Salum detalhou os planos do clube para uma possível venda a investidor. Sem pressa para concluir o negócio, o dirigente disse que o Coelho não tem como objetivo imediato definir questões da SAF.
O alviverde se tornou SAF em 2021, e desde então, chegou a negociar com possíveis compradores, mas a venda não s concretizou. Em entrevista coletiva nessa quarta-feira (20/12), Salum falou dos prós e contras do acordo.
“O América não está na iminência de vender a SAF. Desde que nos transformamos em SAF, tivemos várias propostas, ainda não vendemos, porque não nos sentimos seguros. O torcedor tem que saber que quando vender, muda tudo. O América vai ter um dono e as interferências do conselho diminuirão muito. Nós temos que sentir segurança para isso. O América não precisa vender a SAF agora”, disse.
O presidente ainda disse que o clube tem algumas exigências a serem cumpridas na venda. Para ele, os pilares são: zerar a dívida, reforma do CT Lanna Drumond e garantia de investimento no futebol. Atualmente, o alviverde não possui receita elevada para grandes aportes no futebol, como na contratação de jogadores.
Por outro lado, a dívida é tida como ‘controlável’. De acordo com o balaço divulgado no início deste ano, a dívida da associação é de R$ 122,5 milhões, mas com a ressalva de que o clube repassou R$ 47,2 milhões à SAF. Em 2022, o valor era de R$ 83,5 milhões.
“A venda da SAF é transferir todo o patrimônio do futebol para o clube. As exigências do América todo mundo sabe, é zerar a nossa dívida, que não é grande e é totalmente controlada. E a execução do planeta América, que é a reformulação do CT, depois é só investimento no futebol. Para isso, tem que fazer um contrato com a garantia desse investimento. É um casamento em definitivo. Os detalhes são complicados. Tem que estudar a documentação e aí o corpo jurídico vai discutir os contratos. E aí vai pro conselho para aprovar. O América não é igual aos clubes que fizeram, que quebram se não fizer. O América não quebra se não fizer e temos a condição de fazer da melhor forma”
Estrutura da direção
Questionado sobre uma possível mudança na direção, Salum explicou as ideias da gestão. O clube tem a intenção de contar com mais um diretor para o futebol. O nome do ex-goleiro Fernando Prass chegou a ser especulado. Contudo, a função dele seria diferente da já desempenhada por Fred Cascardo.
“América tem uma estrutura bastante clara. Junto comigo tem o Euler, e de executivo, o Fred Cascardo. Se mantém assim, mas entendemos que temos que fazer uma mudança de estrutura. Queremos um executivo que tenha proximidade maior com o grupo, que possa nos auxiliar de mais perto. Fizemos umas consultas e esse nome vai aparecer . Mas continua sendo feito o trabalho, não podemos misturar isso com o insucesso no Brasileiro, fomos bem no Mineiro, quartas de Copa do Brasil e ficamos entre os oito na Sul-Americana. A gente sabe fazer o trabalho e a coisa vai acontecer”