Técnico do América, Cauan de Almeida pediu desculpas pela falta de fair play em ação do primeiro gol do Coelho. Em coletiva após a vitória por 2 a 1 sobre o Santos, nesta sexta-feira (24/5), no Independência, pela sétima rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, o comandante ressaltou os valores do clube, mas também pediu empatia com a tomada de decisão de Renato Marques.
A grande polêmica do duelo entre América e Santos foi o gol marcado pelo atacante Renato Marques, ainda no primeiro tempo. O jogador do Coelho fazia pressão quando o goleiro João Paulo tentou sair jogando e sentiu lesão no tendão do tornozelo esquerdo. No momento, Renato ignorou o ‘fair play’ e mandou a bola para o fundo da rede.
Para Cauan, o mais prudente seria mandar a bola para fora, embora a decisão em poucos segundos tenha sido difícil, conforme pontuou. O treinador pediu desculpas e falou dos valores do clube.
“É um lance importante, porque ele mexeu com o emocional do jogo, digamos assim. É um lance muito rápido, em que a tomada de decisão, tanto dos jogadores, do próprio Renato, tanto da nossa equipe em relação ao fair play ou não tem que ser rápida. Naquela reunião rápida que nós fizemos, a gente tentou interpretar o lance o mais rápido possível, se realmente era necessário ou não (o fair play). Se a interpretação mais fria é que é necessário o fair play, e a gente olhando é duvidoso, a gente pede desculpas”
Cauan de Almeida, técnico do América
“O América tem valores muito fortes, sempre falo isso, sempre ressalto isso nas entrevistas. O América constrói valores diários, e o grupo de jogadores também compartilha desses valores, que não são só de jogo, mas também valores humanos. Se a gente falhou em não retribuir o gol ao Santos por fair play, a gente pede desculpas”, falou.
O comandante, contudo, também pediu ‘empatia’ com a decisão de Renato Marques. Cauan pontuou o erro na saída de João Paulo, que acabou ocasionando a situação.
“Também peço empatia porque é um lance muito rápido, difícil para interpretarmos. A nossa equipe joga de uma forma que ocasiona muitos erros ao adversário. Então não foi só uma vez que o goleiro errou, em outros jogos quase saíram gols assim, esse gol já estava amadurecendo. Infelizmente foi dessa forma. Mais uma vez ressaltar, a gente vai interpretar o lance com mais calma, a gente vai interpretar com mais frieza. Nesse momento a gente não consegue ter essa interpretação. Se a gente acha que fair play era necessário, pedimos desculpa nacionalmente falando”, finalizou.
Construção mental
O América teve um bom desempenho frente ao Santos. O time soube controlar a posse de bola e foi certeiro nas principais oportunidades. O Peixe, por sua vez, não caprichou nas finalizações e viu a liderança isolada escapar. Com o resultado, o Coelho chega a 15 pontos, na vice-liderança.
Para Cauan, a construção mental da equipe é um grande diferencial. O técnico ressaltou os pontos que tem trabalhado no time que tem trazido o resultado em campo.
“Essa construção mental nossa tem sido diária. É uma recuperação da essência do América à nível de valores de jogo como coragem, agressividade e intensidade. Os anos recentes do América foram caracterizados por isso e, principalmente, os anos de sucesso, em que o clube ficou na Série A, chegou na Copa Libertadores e Sul-Americana. Todos eles foram caracterizados por uma equipe corajosa, agressiva, intensa e é isso que a gente tem resgatado cada dia mais e se fortalecido nisso”, falou.
O América volta a campo para enfrentar o Paysandu, na terça-feira (4/6), às 21h30, no Estádio da Curuzu, em Belém-PA, pela oitava rodada da Série B.