AMÉRICA

Salum traça objetivo para cumprir até o fim do mandato no América

Em entrevista ao No Ataque, Salum falou de inspirações para seguir no clube e contou planos para o futuro fora da diretoria
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O presidente Marcus Salum cumprirá mandato no América até o fim de 2024. À frente da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Coelho, o mandatário traçou objetivo para alcançar este ano. Em entrevista ao No Ataque, ele falou de inspirações para seguir no clube e contou planos para o futuro fora da diretoria.

Não é segredo que Salum deseja concluir a venda das ações do clube para um investidor ainda este ano. O dirigente se disse otimista quanto a negociação, mas revelou que o momento não é dos mais propícios. Além desta meta, ele projetou outras conquistas para atingir até o fim do ano.

“Eu quero tocar as obras da base, que nós estamos fazendo. Quero que o América suba (para a Série A). Quero que o América concretize ou se aproxime da solução da venda da SAF e que o América tenha maturidade de ter um futebol estruturado sem a minha presença no dia a dia, mas a minha presença no clube. Isso está sendo trabalhado, não é difícil”

Marcus Salum, presidente da SAF do América

O presidente citou o Fortaleza como um exemplo do bom trabalho que tem feito no América. De acordo com Salum, a organização do alviverde foi espelho para o Leão do Nordeste.

“Eu pego o Fortaleza (como exemplo). O presidente do Fortaleza era o Marcelo Paz, o presidente remunerado. Ele veio aqui na época da Copa Sul-Americana (de 2023), almoçou com a gente, pegou todas as informações.”

“Ele brinca que o América é o espelho dele, ele sempre falou isso comigo, temos uma amizade muito grande. O que ele fez? A mesma coisa que nós fizemos: transformou o Fortaleza em SAF e se tornou presidente da SAF, remunerado, coisa que eu não sou e não vou ser nunca, nem se eu for conselheiro, eu não preciso, mas eu acho que ele está certo, é a profissão dele”, falou.

Salum explicou também o planejamento para este ano. Com as metas traçadas, o mais importante passa a ser a discussão até alcançar os objetivos. Na diretoria do América, o presidente com Euler Araújo, além de Fred Cascardo, diretor de futebol.

“Como você dirige uma empresa grande depois que vai ficando mais velho? Você sai da operação e vai para a parte de planejamento. Para isso, você tem que fazer com que a operação funcione, e é isso que nós estamos trabalhando agora. Até o final do ano, eu opero junto com o Euler. Até o final do ano vão ter pessoas, provavelmente, fazendo o que eu faço, que vão sentar comigo, com Euler, todo mês, para prestar conta, dizer o que está certo e o que está errado”, comentou.

Futuro no América

Mesmo que fique fora da presidência do Coelho, Salum não planeja deixar o clube. São quase 30 anos participando ativamente do futebol do Coelho.

“O América faz parte da minha vida. Operar o América, continuar tocando o futebol, não está nos meus planos, todo mundo no América sabe disso. É lógico que tem funções menos executivas dentro do América que eu vou usar minha experiência para exercer. Não existe esse negócio de ‘vou sair do América’ e virar as costas para algo que eu faço há 30 e tantos anos e sou apaixonado”, falou.

Contudo, o presidente disse que já prepara a equipe para escolher um profissional para assumir seu lugar no América

“Agora, cuidar do futebol como eu cuido, eu acho que o América tem maturidade, nós temos equipes trabalhando internamente para a gente preparar esse momento de escolher esse profissional”, disse.

Com a família de americanos, Salum também contou que não cogita de forma alguma abandonar os jogos do América. Apesar de ter um camarote no estádio Independência, o presidente muitas vezes prefere assistir a partida perto dos vestiários e banco de reservas.

“Então, nós estamos trabalhando internamente para que a gente tenha estrutura para tocar o futebol com menos ações minhas. Não se vira as costas para um clube que eu ajudei a construir porque estou cansado. Vou estar cansado, mas vou estar em todos os jogos. Eu e o Caio (irmão de Salum) compramos um camarote há cinco anos, e eu não vou ao camarote porque não aguento a cornetagem, eu assisto lá embaixo. Mas, quando eu não estiver dirigindo, eu volto para o camarote, é o camarote da família Salum, a gente paga lá todo ano, toda a minha família está lá, é muito americano. Meu pai foi muito competente, teve cinco filhos americanos. Dos 16 netos, 13 são americanos”

Salum, presidente do América
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