O único item de 2024 que o América traz na bagagem para esta temporada é o aprendizado. O técnico William Batista contou sobre a nova estratégia que pretende adotar para a disputa da Série B do Campeonato para que, desta vez, o final seja feliz – a conquista do tão sonhado acesso à Série A depois do segundo ano na Segundona.
Um dos grandes tabus que o América pretende defender neste ano é a invencibilidade no Independência – já são 516 dias sem perder no Horto. A marca ficou intacta na temporada passada. Para que o time mantenha a escrita, o treinador destacou que é preciso entender as necessidade perante cada adversário e respeitar os momentos que o jogo impõe.
“Acho que o que a gente tem que fazer bem feito é controlar as coisas que a gente pode, o que é estratégico, tático, dar o nosso melhor no dia a dia. Ter muita capacidade de ser compromissado, tanto dentro de casa quanto fora. E também, dentro de casa, saber que em alguns momentos a gente vai precisar fazer o que a gente fez contra o Botafogo-SP”, comentou.
Diante do Botafogo-SP, o América fez um jogo de paciência. Dominante desde o primeiro minuto, buscou trocar passes, manter a posse de bola com tranquilidade em busca de construir as jogadas. No segundo tempo, o técnico fez mudanças para renovar o fôlego e aproximar ainda mais os jogadores, a fim de facilitar os passes. Deu certo. O gol saiu aos 36 minutos, com Cauan Barros.
William citou as dificuldades e falou do compromisso em ter cada estratégia bem definida – para que a equipe tenha recursos em cada fundamento e saiba aproveitar o que se apresentar ao longo da partida.
“Jogar um pouquinho para a transição, explorar as dificuldades que o adversário tem. Acho que esse é o maior respeito que a América pode ter pelos adversários. Saber que a gente tem que ter compromisso com o que é o bloco defensivo, com o que é a nossa defesa. Compromisso com a segunda bola, saber jogar o jogo. Saber que tem bola parada, falta lateral. Isso tudo é respeitar. É difícil ter uma predominância em relação a tudo aquilo que a gente almeja como perfeição”, falou.
Sem tantos empates
A estreia com vitória já reforça a nova visão do América na temporada. Em 2024, o time sofreu com o alto número de empates – foram 13 no total. A marca impactou no objetivo final – em função das igualdades, o Coelho não conseguiu acumular vantagem frente aos demais adversários.
No fim do ano, o acesso não veio. A frustração foi suficiente para que se desenhasse uma nova rota para 2025.
Apesar de não ter ‘crucificado’ os empates da temporada passada, William disse que o foco tem que ser aumentar o número de vitórias.
“Todo empate é bom acompanhado de vitória no momento seguinte. Eu acho que os empates do ano passado não são tão negativos quanto parecem, apesar de o time não ter subido. Porque você está somando pontos. Tem aquela história, né? Melhor ganhar uma e perder duas do que empatar três seguidos. É melhor empatar e ganhar, não perder. Isso que a gente precisa buscar, mas é jogo a jogo, ponto a ponto. Estratégia, tentar ser muito ambicioso e muito compromissado”.