
A polêmica entre Adyson e América parece longe de um fim. No início do mês de abril o jogador de 19 anos deixou o profissional e foi integrado ao Sub-20. Em entrevista ao No Ataque, o diretor de futebol Fred Cascardo esclareceu a situação do atleta no clube e expôs que falta de acerto por renovação do contrato foi motivação para que voltasse à categoria de base.
Adyson tem contrato com o Coelho até o fim do ano. A partir de julho, o jogador já pode assinar um pré-contrato com outro clube. Fred Cascardo explicou que o América preza por acompanhar a carreira dos atletas jovens – a maioria dos que foram revelados assinaram compromisso.
“Quando transita o atleta, tem todo um cuidado de fazer esse plano de carreira para todos eles. Foi feito assim como Mateus Henrique, Breno, Júlio, Artur, Paulinho, Gustavão. São mais de 10 ou 12 atletas nesses últimos três, quatro anos. E todos eles, com exceção do Rodriguinho, assinaram o plano de carreira e estão na vitrine”, disse.
O dirigente disse que o América e o staff de Adyson já se reuniram algumas vezes, mas que as partes não chegaram a nenhum acordo até então.
“A gente teve conversas desde meados do ano passado pela renovação do Adyson. E até hoje não teve um fechamento. O América não deixou de última hora. Algumas divergências, isso vai acontecer. Em qualquer negociação de contrato há divergências de pensamento. Um cede ali, um cede aqui, para chegar no ajuste e se acertar. Não houve esse acerto”, comentou.
Os critérios da decisão
Além disso, Cascardo comentou sobre a utilização de Adyson no profissional e como o jogador foi tratado como prioridade. Desde que subiu ao time principal, o atacante somou 64 jogos, três gols e sete assistências. No Campeonato Mineiro deste ano, ele disputou 12 partidas.
“Por algumas algumas cláusulas que o América entendeu que naquele momento não seria interessante. Então não houve o acordo. E de lá para cá, várias conversas foram tentadas e até hoje não obtivemos a resposta. O Adyson teve o seu momento de vitrine. Em termos de minutagem na posição, ele joga só menos que o Fabinho. A gente acreditava nele. A partir daí, tomou uma decisão além do critério técnico e do critério também de projeção dentro do clube. Hoje a prioridade é para aqueles atletas ou na base ou no profissional que entendem que o América é importante para sua carreira”
O diretor não descartou utilizá-lo novamente no profissional, já que ainda é um atleta do clube: “O Adyson vai trabalhar e treinar no Sub-20 e está à disposição do clube. Ou para jogar no Sub-20 ou para jogar no profissional. As conversas foram feitas, foram mais de quatro conversas para a renovação, desde o ano passado”.
Por fim, Cascardo comentou que o critério de integrar o atleta à base reflete na entrega que ele pode ter em campo. Para o dirigente, sem interesse em renovar, ele pode deixar a desejar nos compromissos.
“O critério técnico também. Porque se o atleta não tem a sua decisão tomada, eu tenho um critério técnico envolvido. Como é que eu ponho um jogador para jogar sendo que ele tem que me dar o retorno técnico? Se ele está em dúvida ainda no que vai acontecer na carreira dele, ele pode oscilar. Se o atleta sabe que o clube é importante, o nível técnico está mais alto, o nível de concentração dele está mais alto”, disse.