O América fez um jogo apagado e perdeu para o Operário-PR por 1 a 0, neste domingo (4/5), no estádio Germano Kruger, em Ponta Grossa, no Paraná, pela sexta rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. O Coelho segue sem vencer fora de casa e liga o alerta para a sequência da competição. O único gol da partida foi marcado por Boschilia, ainda no primeiro tempo.
Com o resultado, o América ficou na 10ª posição, com nove pontos – um de distância do Vila Nova, o quarto colocado. Contudo, a rodada ainda não chegou ao fim, e caso os times da parte de cima vençam, essa diferença pode aumentar. Por sua vez, o Operário conquistou a primeira vitória em casa e subiu para 14ª, com sete pontos.
No primeiro tempo, o Operário-PR comandou as melhores oportunidades. O time fez pressão no América desde o início e por isso abriu o placar logo de cara. Depois, desperdiçou chances de ampliar o marcador. O Coelho conseguiu ampliar a posse de bola, mas não levou perigo para a meta adversária e apresentou ritmo pouco agressivo.
O segundo tempo foi mais equilibrado, mas ainda sem brilho. As equipes não ameaçaram tanto os goleiros. Com o placar confortável, o Operário administrou a posse de bola, enquanto o América rondou mais a área adversária, mas não conseguiu arrancar o empate.
Próximos jogos
O Operário-PR volta a campo para enfrentar o Cuiabá no domingo (11/5), às 18h30, na Arena Pantanal, pela sétima rodada da Série B.
Já o América pega o Paysandu, na quarta-feira (14/5), às 19h30, no Independência, também pela sétima rodada.
O jogo
O primeiro tempo foi de domínio do Operário-PR, que criou as melhores chances e obteve sucesso, enquanto o América demorou a acertar o passe e, com pouca velocidade, mal atacou ou ameaçou o goleiro Elias. O jogo também ficou marcado por situação lamentável envolvendo acusação de racismo.
Quem começou a todo vapor foi o Operário-PR. Logo aos seis minutos, em jogada de lateral para a área, a zaga do América tentou afastar o perigo, mas o rebote ficou com Gabriel Boschilia, que mandou chute de fora da área de primeira para abrir o placar: 1 a 0.
O América demorou a se organizar. Com a posse de bola bem equilibrada, a equipe não tinha as linhas bem organizadas, e por isso não conseguiu trocar passes com sabedoria para criar jogadas. O primeiro chute a gol demorou a sair. Foi Miguelito quem arriscou de longe, e exigiu defesa do goleiro Elias.
O protagonismo foi do Operário. Os donos da casa empilharam chances, mas deixaram a desejar nas finalizações – os atacantes viram as tentativas irem para fora, bater na trave e até defesas do goleiro Matheus Mendes. Do outro lado, o Coelho seguiu sem criar chances perigosas – o atacante Willian Bigode pouco apareceu, visto que o time não construiu jogadas pelo meio e pouco acionou as alternativas pelas pontas, com Figueiredo ou Stênio.
Acusação de racismo
Aos 30 minutos, uma confusão se iniciou perto do meio de campo entre o atacante Allano e o meio-campista Miguelito. O jogador do Operário acusou o boliviano de ter feito ofensa racista. O árbitro Alisson Sidnei Furtado seguiu o protocolo global antirracista e fez o gesto de braços cruzados na frente do peito, sinalizando que um jogador está sendo alvo de preconceito racial.
Na arquibancada, os torcedores gritaram “racista” e protestaram. A confusão se estendeu até mesmo no banco do Coelho, que estava bem próximo da torcida adversária. Um torcedor, inclusive, foi retirado pela Polícia Militar. Foram quase 15 minutos de paralisação da partida.
Segundo tempo
No segundo tempo, o América mudou o desenho do jogo, mas ainda seguiu abaixo do esperado. O técnico William Batista trouxe mais velocidade para o ataque e novo fôlego para o meio de campo – promoveu as entradas de Fabinho e Benítez, respectivamente, no lugar de Stênio e Miguelito. Com isso, o jogo ficou mais equilibrado.
Os dois times trocavam passes com certa tranquilidade, a fim de levar perigo para o adversário. O Coelho chegou principalmente com participação de Fabinho, pelo lado direito, enxergando Figueiredo ou Bigode próximos da área. Mas nenhuma das chances ameaçou o Operário – o goleiro Elias encaixou as defesas com facilidade.
Do outro lado, o Operário-PR soube administrar bem o placar. Apesar de não levar muito perigo, a equipe tinha a vantagem e estava mais tranquila – entrou bem nos lances para interceptar jogadas do adversário.
O lance de maior perigo do alviverde foi com Benítez, que arriscou de fora da área, e obrigou Elias a afastar para escanteio. As poucas chances criadas refletiram no pouco poder ofensivo do Coelho, que deixa evidente a falta de força fora de casa – time segue sem vencer longe do Independência.
A equipe ainda sofreu baixa importante para a próxima partida. No fim do jogo, Kauã Diniz foi expulso por puxar Neto Paraíba. Ele já havia recebido o primeiro cartão segundos depois de entrar em campo após substituição.
OPERÁRIO-PR 1 X 0 AMÉRICA
Operário-PR
Elias; Thales Oleques (Neto Paraíba, no intervalo), Allan Godói, Miranda e Cristiano; Jacy (Fransérgio aos 31 do 2T), Juan Zuluaga e Boschilia; Allano (Ronald aos 31 do 2T), Daniel Amorim (Vinicius Mingotti aos 9 do 2T) e Marcos Paulo (Rodrigo Rodrigues aos 21 do 2T). Técnico: Bruno Pivetti
América
Matheus Mendes; Júlio, Ricardo Silva, Lucão e Marlon (Pedro Barcelos aos 21 do 2T); Cauan Barros, Miguelito (Benitez, no intervalo) e Miqueias (Kauã Diniz aos 21 do 2T); Figueiredo, Stênio (Fabinho, no intervalo) e Willian Bigode (Elizari aos 33 do 2T). Técnico: William Batista
- Gols: Boschilia aos 6 do 1T
- Cartões amarelos: Allano, Neto Paraíba, Boschilia (Operário-PR), Benítez, Kauã Diniz, Pedro Barcelos, Cauan Barros (América)
- Cartão Vermelho: Kauã Diniz (América)
- Motivo: Sexta rodada da Série B do Campeonato Brasileiro
- Local: Estádio Germano Kruger, em Ponta Grossa, no Paraná
- Data: 04/05/2025
- Horário: 20h30
- Árbitro: Alisson Sidnei Furtado
- Assistentes: Fabio Pereira e Cipriano da Silva Sousa
- VAR: Rodrigo Guarizo Ferreira do Amaral
