
Meio-campista do América, Miguelito foi liberado de delegacia em Ponta Grossa após acusação de injúria racial. Ele passou a noite preso por ter sido acusado por Allano, do Operário-PR, de ter feito ofensa racista durante jogo da Série B do Campeonato Brasileiro, nesse domingo (4/5).
O jogador teria que passar por audiência de custódia para julgar o caso, já que se trata de um crime inafiançável. O MP recomendou a liberação do atleta, que aguardou para deixar a delegacia e voltar a Belo Horizonte. Ele já está a caminho da capital mineira.
Com a liberdade provisória concedida, Miguelito ainda vai responder em liberdade. De acordo com o Código Penal do Brasil, a pena máxima para o crime é de cinco anos de reclusão.
O América se pronunciou por meio de nota oficial e disse estar do lado do atleta. Miguelito negou ter cometido tal crime.
O que aconteceu?
Aos 30 minutos do primeiro tempo, uma confusão começou entre Miguelito e o atacante Allano. O jogador do Operário-PR denunciou ao árbitro uma ofensa racial e logo o juiz seguiu o protocolo antirracista.
A partida foi paralisada depois da acusação. Contudo, o boliviano continuou em campo e só deixou o gramado por causa de substituição no intervalo. O árbitro Alisson Sidnei Furtado registrou, inclusive, a situação na súmula. “Relato que aos 30 minutos do primeiro tempo, o atleta número 29 da equipe mandante, Sr. Allano Brendon de Souza Lima, veio até minha direção, alegando ter sido chamado de ‘preto cagão’ pelo atleta Miguel Ángel Terceros Acuña, número 7 da equipe visitante”, redigiu.
Depois do jogo, Miguelito e Allano foram conduzidos até uma delegacia, onde o jogador do América foi detido em flagrante.