
O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) puniu previamente Miguelito, do América, por acusação de injúria racial. Caso foi no jogo contra o Operário-PR, pela sexta rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. O meio-campista boliviano foi suspenso e ficará sem entrar em campo até que ele seja julgado.
A data do julgamento pelo STJD, contudo, ainda não foi marcada. O presidente do STJD do Futebol, Luis Otávio Veríssimo Teixeira deu ainda prazo de dois dias para resposta.
“A Procuradoria denunciou Miguelito e o América pela prática de discriminação racial, infração descrita no artigo 243-G do CBJD, além de pedir a suspensão preventiva do jogador com base no artigo 78-A, inciso II”, detalhou nota do STJD.
Miguelito foi denunciado pela Procuradoria e pode pegar as seguintes penas após julgamento: suspensão por 10 partidas e multa de R$ 100 mil reais.
O que aconteceu?
Aos 30 minutos do primeiro tempo, uma confusão começou entre Miguelito e o atacante Allano. O jogador do Operário-PR denunciou ao árbitro uma ofensa racial e logo o juiz seguiu o protocolo antirracista.
A partida foi paralisada depois da acusação. Contudo, o boliviano continuou em campo e só deixou o gramado por causa de substituição no intervalo. O árbitro Alisson Sidnei Furtado registrou, inclusive, a situação na súmula. “Relato que aos 30 minutos do primeiro tempo, o atleta número 29 da equipe mandante, Sr. Allano Brendon de Souza Lima, veio até minha direção, alegando ter sido chamado de ‘preto cagão’ pelo atleta Miguel Ángel Terceros Acuña, número 7 da equipe visitante”, redigiu.
Depois do jogo, Miguelito e Allano foram conduzidos até uma delegacia, onde o jogador do América foi detido em flagrante.
Nessa segunda-feira (5/5), Miguelito foi liberado e já retornou a Belo Horizonte. Ele ainda vai responder em liberdade provisória.