
O técnico Enderson Moreira reconheceu as dificuldades enfrentadas pelo América no empate por 1 a 1 com o Criciúma, na noite desta sexta-feira (20/6), pela 13ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. O resultado manteve o Coelho sem vitórias no Independência sob o comando do treinador, que soma três partidas à frente da equipe – duas delas em Belo Horizonte.
Com o empate, o América permaneceu na 10ª colocação, com 17 pontos, mas pode ser ultrapassado por até quatro adversários no complemento da rodada neste fim de semana. Agora, o time mineiro volta a campo na próxima quinta-feira (26/6), quando enfrentará o CRB, no Estádio Rei Pelé, em Maceió.
“Não é mágica”
Enderson abriu a análise, em coletiva de imprensa, destacando que o processo de evolução do América demanda tempo e trabalho. O treinador fez questão de deixar claro que não existe solução imediata para os problemas do time.
“A primeira coisa é que eu sei muito bem da expectativa e daquilo que tem que ser feito. Mas o trabalho é árduo, não é mágica”, iniciou.
“Não é chegar num lugar e as coisas começam a fluir. Acho que é um passo de cada vez. Tenho muita consciência, é um grupo jovem, que tende a oscilar um pouquinho mais, a campanha fala muito sobre isso, às vezes não ter uma sequência de bons resultados. Dificuldade, às vezes, para poder pontuar fora de casa”, destacou.
O treinador também lembrou o desempenho recente da equipe, que manteve longa sequência invicta em Belo Horizonte com o trabalho de outros técnicos, mas segue sem vencer na capital mineira desde a sua chegada. Contudo, o time alviver teve vitória contundente diante do Vila Nova-GO (3 a 0), fora de casa, na 12ª rodada.
“Estávamos ganhando os jogos aqui, agora mudou um pouco. Ganhamos fora, perdemos aqui e não conseguimos ganhar hoje. Isso é normal num grupo jovem, que está maturando na competição. Tem um frescor que é muito bom, mas tem também algumas coisas que eles precisam maturar, aprender”, salientou.
Erros de passe e bolas paradas
Enderson chamou atenção para os erros de passe cometidos pelo América durante a partida diante do Criciúma e destacou o perigo oferecido pelo adversário nas jogadas de bola parada.
“Acho que erramos muitos passes, demos muitas chances para o Criciúma. As principais oportunidades do Criciúma foram de bola parada, são muito competentes, muito físico, um time muito forte, com a linha de três zagueiros. Então a bola parada e essas perdas de bola que custaram muito, de oportunidades que demos para eles”.
“Um jogo difícil até o final. Um jogo perigoso. Uma equipe que tem bola parada qualificada é sempre muito perigosa”, completou.
América também teve chances
Mesmo com os problemas identificados, Enderson ressaltou que o América criou boas oportunidades para sair com a vitória.
“As duas equipes criaram situações para vencer o jogo, tivemos duas ótimas oportunidades. As equipes do Sul duelam muito. Lamentamos profundamente, mas de alguma forma pontuamos. Andamos uma casa, queríamos andar três casas, mas não foi possível”, finalizou.