
Estreante na Série B do Campeonato Brasileiro, o Athletic vive situação dramática nas primeiras rodadas da competição, com três derrotas em três jogos. A dificuldade para somar pontos passa pelo desempenho defensivo da equipe, que é a que mais sofreu gols no torneio. O número de vezes em que a equipe foi vazada nesse recorte ultrapassa a marca registrada pelo Cruzeiro em 2021, que até então era o maior do século na Segundona.
O Esquadrão de Aço já sofreu 10 gols na competição e está na lanterna. Foram dois jogos em que a equipe foi vazada quatro vezes: derrota por 4 a 2 para o Atlético-GO, na primeira rodada, e por 4 a 0 para o Criciúma, nessa quinta-feira (17/2). No segundo duelo da competição, foi derrotado por 2 a 1 pelo CRB.
As outras duas equipes que completam o top 3 de piores defesas são Paysandu (19º) e Atlético-GO (11º). Ambos os times, entretanto, sofreram a metade dos gols do Athletic: cinco cada.
Athletic tomou mais gols que o Cruzeiro
Em 2021, na segunda participação do clube na Série B, o Cruzeiro sofreu oito gols nas três primeiras rodadas. A Raposa estreou com derrota por 3 a 1 para o Confiança, depois perdeu por 4 a 3 para o CRB, e, na terceira rodada, empatou por 1 a 1 com o Goiás.
A marca celeste foi igualada em 2024, quando o Ituano também foi vazado oito vezes nas três partidas iniciais: derrotas por 3 a 1 para Chapecoense e Novorizontino e por 2 a 0 para o Operário.
Times que mais sofreram gols nas três primeiras rodadas da Série B desde 2021
- 2021 – Cruzeiro ( 8 gols)
- 2022 – CRB (5 gols)
- 2023 – Sampaio Corrêa (7 gols)
- 2024 – Ituano (8 gols)
- 2025 – Athletic (10 gols)
Das equipes listadas acima, Ituano e Sampaio Corrêa foram rebaixados à Série C no respectivo ano, enquanto Cruzeiro e CRB permaneceram na Segundona para a temporada seguinte.
Falta de experiência atrapalha o Atlhletic?
Clube sensação do futebol estadual nos últimos anos, o Athletic foi vice-campeão da Série C do Campeonato Brasileiro em 2024. Com um projeto ambicioso, a equipe, que em 2018 disputava Campeonato Mineiro da Segunda Divisão (equivalente à terceira divisão do estado), chegou ao segundo patamar mais alto do futebol nacional. Agora no segundo patamar mais alto do futebol nacional, a equipe encontra mais dificuldades para dar sequência à ascensão meteórica, como aponta o técnico Roger Silva.
“Avaliação que eu tenho é que precisamos pensar algumas coisas como equipe, como instituição. Estamos pagando um preço caro por sermos a equipe mais jovem da competição. É uma maturação que terá de acontecer durante o campeonato. É uma equipe muito jovem, que tende a falhar diante das dificuldades, por falta de experiência, por não estar tão confortável na Série C. Vamos ter que maturar”, disse em entrevista após a derrota para o Criciúma, nesta quinta (17).