Minas Gerais terá quatro clubes na Série D do Campeonato Brasileiro de 2024. Inicialmente, os representantes seriam Ipatinga, Villa Nova e Democrata, que garantiram vaga pelo Campeonato Estadual, além do Pouso Alegre, rebaixado na Série C do ano passado. Entretanto, uma série de desistências, todas com a mesma motivação, fez com que outras equipes herdassem as vagas.
Primeiramente, Democrata-GV e Villa desistiram de disputar a Série D, enquanto o Ipatinga confirmou sua participação. Assim, a Federação Mineira de Futebol (FMF) seguiu a ordem de classificação do Módulo I de 2023 para definir as equipes restantes. O Patrocinense, 10º colocado no torneio no ano passado, aceitou o convite.
A última vaga iria para a Caldense, que terminou o Mineiro de 2023 em 11º e caiu para o Módulo II. Contudo, a Veterana também decidiu não entrar no torneio. Desta forma, quem se beneficiou foi o Democrata-SL, lanterna do último Estadual, que aceitou disputar a Quarta Divisão.
Motivo das desistências
Quais seriam, então, os motivos que fizeram Democrata-GV, Villa Nova e Caldense desistirem da Série D? A resposta é a mesma para os três: incapacidade financeira.
Todas as equipes alegaram não ter condições para arcar com montagem de elenco, viagens e outros custos gerados pela disputa do torneio nacional.
Veja, a seguir, o que cada clube disse em nota oficial.
Democrata-GV
“É com profundo pesar que o Esporte Clube Democrata se vê compelido a comunicar oficialmente sua decisão de não participar do Campeonato Brasileiro da Série D de 2024.
Democrata-GV, em nota oficial
Após uma análise minuciosa de nossa situação financeira e dos recursos disponíveis para viabilizar nossa participação na referida competição, chegamos à conclusão de que não dispomos dos meios financeiros suficientes para sustentar de maneira adequada e condigna nossa participação no certame.“
Villa Nova
“Infelizmente, não viabilizamos os recursos financeiros necessários para honrar com todos os compromissos que a Série D do Brasileiro exige. Por isso, mantendo nossa responsabilidade com a saúde financeira do Clube, declinamos da participação na competição deste ano.”
Villa Nova, em nota oficial
Caldense
Para poder suprir toda essa demanda de jogos, aliado a desgaste físico dos atletas, eventuais lesões e cartões, seriam necessários praticamente dois elencos, um para cada competição, além de uma comissão técnica com mais profissionais. O que exige um investimento maior, desde encargos trabalhistas até alimentação, acomodações, exames, taxas de inscrição, etc.
A diretoria da Caldense fez inúmeros contatos com empresários para buscar patrocínios e também com outros clubes, de diferentes divisões, para tentar obter atletas por empréstimo a custo zero. Porém, não foi possível obter parcerias em formatos que suprissem as necessidades do momento.
Caldense, em nota oficial
Clubes da Série D de 2024
Norte
- Acre: Humaitá e Rio Branco
- Amapá: Trem
- Amazonas: Manauara, Princesa dos Solimões e Manaus
- Pará: Águia de Marabá e Cametá
- Rondônia: Porto Velho
- Roraima: São Raimundo
- Tocantins: Tocantinópolis e Capital
Nordeste
- Maranhão: Maranhão e uma vaga via Copa FMF
- Piauí: River, Fluminense e Altos
- Ceará: Iguatu, Maracanã e Atlético-CE
- Paraíba: Treze e Sousa
- Pernambuco: Retrô e Petrolina
- Rio Grande do Norte: Potiguar, Santa Cruz e América-RN
- Alagoas: ASA e CSE
- Sergipe: Itabaiana e Sergipe
- Bahia: Itabuna, Jacuipense e Juazeirense
Centro-Oeste
- Mato Grosso do Sul: Costa Rica
- Distrito Federal: Real Brasília e Brasiliense
- Goiás: Anápolis, Crac e Iporá
- Mato Grosso: União Rondonópolis e Mixto
Sudeste
- Minas Gerais: Patrocinense, Pouso Alegre, Ipatinga e Democrata-SL
- Espírito Santo: Real Noroeste e Serra
- Rio de Janeiro: Audax, Nova Iguaçu e Portuguesa-RJ
- São Paulo: Água Santa, Santo André, Inter de Limeira e São José-SP
Sul
- Paraná: Cascavel, Maringá e Cianorte
- Santa Catarina: Hercílio Luz, Concórdia e Barra
- Rio Grande do Sul: Novo Hamburgo, Brasil e Avenida