Com a conquista do The Best nesta terça-feira (17/12), o atacante Vinicius Júnior, do Real Madrid, entra para a lista de jogadores “ignorados” pela Bola de Ouro, prêmio da revista France Football, mas eleitos “melhor do mundo” pela Fifa.
Vini é o quarto brasileiro a vencer a premiação da Fifa, mas não vencer a da France Football no mesmo ano. Isso também aconteceu em 1994, com Romário – mas, naquele ano, ele não chegou a competir o Bola de Ouro, pois era o prêmio restrito a europeus, portanto não foi “ignorado” -, em 1996, com Ronaldo, e em 2004, com Ronaldinho Gaúcho.
Além das quatro divergências envolvendo jogadores do Brasil, já houve outros sete anos em que o vencedor do Bola de Ouro e do prêmio oferecido pela Fifa não foram os mesmos.
Divergências entre Bola de Ouro e prêmio da Fifa*
- 1991: Lothar Matthäus pela Fifa e Jean-Pierre Papin pela Bola de Ouro;
- 1994: Romário pela Fifa e Stoichkov pela Bola de Ouro;
- 1996: Ronaldo pela Fifa e Matthias Sammer pela Bola de Ouro;
- 2000: Zidane pela Fifa e Figo pela Bola de Ouro;
- 2001: Figo pela Fifa e Owen pela Bola de Ouro;
- 2003: Zidane pela Fifa e Nedved pela Bola de Ouro;
- 2004: Ronaldinho pela Fifa e Shevchenko pela Bola de Ouro;
- 2021: Lewandowski pela Fifa e Messi pela Bola de Ouro;
- 2022: Messi pela Fifa e Benzema pela Bola de Ouro;
- 2024: Vini Jr. pela Fifa e Rodri pela Bola de Ouro
*2020: Bola de Ouro não premiou e Fifa escolheu Lewandowski
Vini Jr. na temporada 2023/2024
No período levado em consideração, Vinícius Júnior foi o grande destaque ofensivo de um Real Madrid que ficou marcado na história. O brasileiro comandou a equipe treinada pelo italiano Carlo Ancelotti rumo aos títulos da Champions League, do Campeonato Espanhol e da Supercopa da Espanha.
Com a camisa do time merengue, Vini Jr marcou 24 gols – o artilheiro da equipe – e distribuiu nove assistências em 2023/2024.
Já com a camisa da Seleção, o atacante não conseguiu repetir o mesmo desempenho. Foram dois gols e duas assistências em 10 jogos – quatro amistosos, três nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo e três pela Copa América – competição na qual o jovem de 22 anos não conseguiu liderar um apático Brasil, que não passou das quartas de final, fase em que caiu para o Uruguai, nos pênaltis.
