FUTEBOL INTERNACIONAL

Messi preso? Argentino é suspeito de corrupção e peculato

Messi e Piqué tiveram vazadas trocas de mensagens comprometedoras com o ex-presidente da Federação Espanhola de Futebol Luis Rubiales, durante a pandemia de COVID-19
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O atacante argentino Messi, o ex-zagueiro espanhol Piqué e Luis Rubiales, ex-presidente da Federação Espanhola de Futebol (RFEF), estão no centro de uma denúncia de tentativa de desvio de fundos da Uefa para a RFEF, além de suposto tráfico de influência. Trocas de mensagens escritas e de áudios, que apontam para indícios de irregularidades, foram publicadas pelo jornal espanhol “The Objective”.

Messi e Piqué, na época jogadores do Barcelona, teriam pedido ao então presidente da federação espanhola que entrasse em contato com a Uefa e buscasse solução para os prejuízos financeiros causados pela pandemia de COVID-19 aos jogadores. A dupla do Barça fez questão, na conversa, de pedir sigilo ao dirigente a respeito da requisição.

As primeiras mensagens registradas no telefone de Rubiales são datadas de 2 de abril de 2020. Nelas, o armador argentino e o zagueiro espanhol falam sobre a redução nos salários dos atletas, pelo clube catalão, para atenuar os efeitos da pandemia.

Com isso, Luis Rubiales procurou Aleksander Čeferin, presidente da Uefa desde 2016. Ele propôs, então, que dinheiro da Uefa destinado à RFEF fosse utilizado para atender aos jogadores.

A conversa entre Rubiales e Čeferin

O jornal “The Objective”, inclusive, publicou o que seria o teor da conversa entre Rubiales e Čeferin.

“É importante para nós ter Messi e o resto conosco”, explicou Rubiales, que continuou: “Sem a necessidade de investir dinheiro. Basta mudar o destino e continuar a dar dinheiro aos clubes jovens”.

No diálogo, o então presidente da federação espanhola ressalta uma preocupação dos jogadores, caso a conversa se tornasse pública: “A única coisa que me disseram (Piqué e Messi) é que, por favor, ninguém deve saber do que estamos falando sobre, porque se as pessoas descobrirem, elas vão nos matar. Eles tomam muito cuidado para que ninguém saiba que desejam receber o dinheiro que perderam. Eles estão preocupados com isso. Deve permanecer confidencial”.

O presidente da Uefa teria, então, garantido que o sigilo seria mantido.

Em 6 de abril de 2020, foi apresentada uma proposta de cunho econômico. Mas ainda não se sabe se ela teve continuidade, e o dinheiro foi de fato repassado para jogadores.

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