Presidente da La Liga, Javier Tebas pediu desculpas a Vinícius Júnior pelas declarações nas redes sociais que sucederam o caso de racismo sofrido pelo brasileiro. Vini Jr. foi vítima de preconceito racial na partida entre Real Madrid e Valencia, no último domingo (21/5), no Estádio de Mestalla.
“Se houve esse inconveniente, se ele também não o interpretou bem, mal, tenho que pedir desculpas, não tenho nenhum problema. O importante aqui não é o tuíte. Há insultos racistas determinados a insultar Vinicius? Sem dúvida. O presidente da LaLiga está em conta de todos esse insultos. Os encontramos faz muitos anos. Pedirei desculpas se interpretou mal o tweet. Não era a minha intenção”, disse Tebas, em entrevista ao ge.
Horas depois do caso de racismo no Estádio de Mestalla, o dirigente foi ao Twitter responder as críticas feitas por Vini Jr a La Liga. Tebas chegou a afirmar que o brasileiro exagerava nas acusações e precisava se informar melhor sobre o que a liga pode fazer nos casos de racismo.
Além de se desculpar pelas respostas dadas ao atacante nas redes sociais, Tebas afirmou que o racismo não se manifesta em “casos isolados” no futebol espanhol.
“Quando dizem isolados, acho que também é um mal entendido. Todo fim de semana nós colocamos 500 mil pessoas nos estádios. Pode haver dois mil ‘sem cérebro’ que façam algum grito homofóbico ou racista. Mas não quero entrar na discussão se são poucos. Denunciamos um, dois, três ou quatro ou 100. Sempre temos que estar em guarda contra isso. Nunca, é muito difícil levar o racismo a zero. O importante é acabar com os que há agora e seguir em guarda para que não sobre. Não são casos isolados.”
Medidas de La Liga
A falta de ações contundentes de La Liga para combater o racismo no futebol espanhol é a principal crítica feita por Vini Jr. Sobre isso, Javier Tebas deixou claro que é necessário que a liga tenha mais poderes de punição em casos como esse.
“Claro que tomamos medidas. Mas nem sempre elas atendem todas. Por isso estamos pedindo mais competências. Estou convencido de que se tivéssemos mais competências, em um período de meses terminando com esses problemas”, disse o dirigente.
