O lateral-esquerdo Benjamin Mendy foi considerado inocente de estupro e tentativa de estupro nesta sexta-feira (14) pelo tribunal britânico, cinco meses depois de ser absolvido de seis acusações de estupro e uma de agressão sexual.
Benjamin Mendy, de 28 anos, começou a chorar quando o veredito foi dado no final de um julgamento de três semanas em Chester, norte da Inglaterra. O júri deu seu veredito após pouco mais de três horas de deliberação.
O jogador estava sendo julgado novamente desde o final de junho por duas acusações sobre as quais o júri não havia chegado a um acordo no final do primeiro julgamento.
Casos de estupro de Mendy
Ele havia sido acusado de estupro de uma mulher de 24 anos em outubro de 2020 e de tentativa de estupro de outra mulher de 29 anos dois anos antes, acusações que ele negou veementemente.
“Benjamin Mendy quer agradecer aos membros do júri por terem apostado nas provas deste julgamento para além dos rumores e insinuações que acompanharam este caso desde o início”, declararam os advogados do jogador no final do veredito, destacando o “grave impacto” que este processo teve sobre ele.
Benjamin Mendy optou por não falar quando questionado pelos jornalistas presentes no local.
Saída do Manchester City
O lateral-esquerdo, com dez jogos pela seleção francesa, havia sido suspenso pelo Manchester City, que não renovou o contrato que expirava em 30 de junho.
Mendy negou as acusações e insistiu em que não era “um perigo para as mulheres”. Antes do julgamento, ele disse que esperava “limpar” seu nome “para começar a reconstruir” sua vida.
Durante o primeiro processo, após quatro meses de audiência, o júri, constituído por oito homens e quatro mulheres, havia se retirado para deliberar no dia 5 de dezembro. As discussões foram interrompidas várias vezes: primeiro, devido a casos de covid-19, e depois por uma pausa prevista, antes de outra pausa durante o período de férias de final de ano.
Benjamin Mendy foi preso em agosto de 2021 e passou mais de quatro meses em prisão preventiva, antes de ser libertado no início de janeiro de 2022 e colocado sob controle judicial à espera de seu primeiro julgamento.
Revelado em Le Havre, o jogador se destacou no Olympique de Marselha e depois no Monaco. Ele foi defensor mais caro da história em 2017, quando os “Citizens” desembolsaram 52 milhões de libras (em torno de R$ 332 milhões na cotação atual) na contratação.