Em uma entrevista reveladora, o jogador inglês Dele Alli disse que foi abusado sexualmente e que usou e traficou drogas na infância. As declarações foram dadas ao comunicador e ex-atleta Gary Neville, no podcast The Overlap.
No entanto, um parente da família biológica de Dale Alli garantiu que as declarações do meia inglês são falsas.
“Dele nunca foi adotado por ninguém. Aos sete anos, Dele frequentou uma das melhores escolas de Lagos, na Nigéria. Ele nunca foi enviado à África para ser disciplinado. Isso é uma mentira descarada. Ele tinha um motorista que o pegava todos os dias na escola”, declarou o parente anônimo de Dele All, em entrevista ao portal francês OJBSPORT.
“Temos todos os documentos e fotos de Dele com seu pai desde quando ele nasceu e quando ele era criança. Dele sofreu uma lavagem cerebral, disparou o parente, que concedeu a entrevista na condição de anonimato.
Trajetória de Dele Alli
Dele Alli é príncipe da tribo Iorubá, a segunda maior etnia da Nigéria. O avô do jogador era rei do clã. Ele abdicou do trono ainda adolescente, após uma briga com o pai, o empresário multimilionário Kehinde Alli. A mãe de Dele, Denise, é inglesa.
Devido aos problemas da mãe com o alcoolismo, Dele decidiu morar com a família Hickford, pais de um amigo com quem atuava no Milton Keynes Dons FC, clube pelo qual foi revelado.
Do Milton Keynes, Dele Alli foi contratado pelo Tottenham. Ele atuou nos Spurs de 2015 a 2022. Na sequência, se transferiu para o Everton. Na temporada passada, o meia atuou por empréstimo pelo Besiktas, da Turquia.
Pela Seleção Inglesa, Dele Alli disputou a Eurocopa de 2016 e a Copa do Mundo de 2018.
Entrevista de Dele Alli a Gary Neville
Em entrevista a Gary Neville, ex-lateral do Manchester United e da Seleção Inglesa, Dele Alli revelou que o caso de abuso ocorreu quando morava com a mãe biológica.
“Aos seis anos, um amigo da minha mãe, que ia muito lá para casa, abusou de mim. Minha mãe era alcoólatra e isso aconteceu quando ela tinha seis anos”, afirmou.
O jogador de 27 anos também revelou problemas com drogas no passado. “Aos sete comecei a fumar e aos oito comecei a traficar. Uma pessoa mais velha me disse que eles não paravam uma criança de bicicleta, então eu andava com minha bola de futebol e depois atrás de mim eu carregava a droga”, contou.
“Fui adotado por uma família incrível, não poderia ter pedido que pessoas melhores fizessem o que fizeram por mim. Se Deus criou as pessoas, foram elas. Eu tentei ser o melhor filho que eu poderia ser para eles. Estive com eles desde os 12 anos, e depois comecei a jogar profissionalmente aos 16 anos”, concluiu.