Meia-atacante da Fiorentina, o italiano Edoardo Bove fez cirurgia para instalar desfibrilador no coração nesta terça-feira (10/12), após sofrer parada cardíaca durante partida contra a Internazionale de Milão, no dia 1º de dezembro, pela 14ª rodada do Campeonato Italiano, no Estádio Artemio Franchi, em Florença.
Por volta dos 16 minutos de jogo, quando amarrava as chuteiras, Bove caiu no gramado. Imediatamente, os jogadores correram para ajudá-lo. Gosens, lateral-esquerdo da Fiorentina, tentou desenrolar a língua do companheiro.
Os atletas cercaram o jogador de 22 anos para evitar que a cena fosse vista pelas câmeras e pelos torcedores que estavam no estádio. A ambulância não entrou em campo, e Edoardo foi levado de maca até o veículo.
A partida foi suspensa e, posteriormente, adiada – sem nova data definida. Bove foi levado ao Hospital de Florença e está internado lá desde então.
Edoardo Bove terá que mudar de liga
A Itália não permite que jogadores com ICD (sigla em inglês para desfibrilador cardioversor implantável, aparelho que foi instalado em Bove) entrem em campo no país. Assim, prosseguir com a carreira, o meia emprestado pela Roma à Fiorentina terá que mudar de time e de liga.
Além disso, é pouco provável que Edoardo consiga construir carreira na Seleção Italiana – o jovem atuava pela equipe Sub-21 do país.
O caso é parecido com o do astro dinamarquês Cristian Eriksen. Ele sofreu mal súbito durante partida entre Dinamarca e Finlândia, pela Eurocopa 2020 (disputada em 2021), em Copenhague, capital dinamarquesa, e teve que implantar o ICD.
Na época, o meio-campista atuava pela Internazionale de Milão. Como decidiu continuar jogando futebol, ele teve o contrato cancelado com o clube e, sete meses após o episódio que quase tirou sua vida, o atleta fechou com o Brentford, da Inglaterra – no país britânico, o desfibrilador é permitido.
Eriksen se destacou rapidamente pela equipe e, menos de um semestre após ser contratado, rumou para o gigante Manchester United, onde atua desde então.
