CAMPEONATO MINEIRO

Atlético atropela América com brilho de Lyanco e fica perto do hexa do Mineiro

Com mais de 47 mil pessoas no Mineirão, Atlético goleou o América e encaminhou o título do Campeonato Mineiro de 2025

Compartilhe
google-news-logo

O Atlético está perto do hexacampeonato do Mineiro graças a uma atuação irretocável e ao brilho do capitão. Na tarde deste sábado (8/3), no Mineirão, em Belo Horizonte, o Galo atropelou o América, e o placar de 4 a 0 no jogo de ida da final do Estadual foi construído com os gols de Guilherme Arana, Lyanco (duas vezes) e Rony.

A partida ficou marcada por dois lances capitais ainda no primeiro tempo: uma falha cometida por Jori, logo no minuto 7, no gol de Guilherme Arana, e a expulsão direta de Cauan Barros, aos 22, após lance com Cuello que foi contestado pelos americanos.

Os donos da casa, que não tinham nada com a falha americana e a decisão da arbitragem, aproveitaram e protagonizaram a melhor atuação no ano, encaminhando a taça do Campeonato Mineiro. Lyanco, capitão na ausência do lesionado Hulk, foi o grande destaque da partida pelos dois gols – os primeiros pelo Galo -, mas o desempenho coletivo da equipe de Cuca chamou a atenção.

Gustavo Scarpa, Gabriel Menino e Cuello não marcaram, mas foram peças responsáveis pelo atropelo no Mineirão tomado por atleticanos. Os mais de 47 mil presentes até se anteciparam e soltaram o grito de “é campeão” após o quarto gol.

O próximo jogo de Atlético e América será justamente a volta da final do Campeonato Mineiro 2025. As equipes se enfrentarão no sábado (15/3), às 16h30, no Independência, no duelo que decidirá o Estadual e pode fazer o Galo bater o recorde da década de 1980 com o hexacampeonato seguido.

Lyanco comemorou gol pelo Atlético no jogo de ida da final do Mineiro - (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Lyanco comemorou gol pelo Atlético no jogo de ida da final do Mineiro(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)

Com o resultado do jogo de ida, o Galo pode até perder por três gols de diferença que vencerá o Campeonato Mineiro pela sexta vez consecutiva. Para impedir o hexa do rival, o América tem que ganhar por quatro bolas na rede de vantagem para levar para os pênaltis ou por cinco ou mais gols para definir no tempo normal.

O jogo

O protagonismo de Jori

A etapa inicial teve protagonismo – positivo e negativo – de Jori. Como o titular Matheus Mendes está emprestado pelo Atlético, e o América preferiu não pagar a quantia de R$ 750 mil para que ele jogasse, o goleiro reserva foi acionado e trabalhou bastante, principalmente nos minutos iniciais.

Logo aos 2, Scarpa fez jogada pela direita e finalizou para boa defesa do goleiro. Jori voltou a aparecer no minuto 13, em trama ensaiada entre Scarpa e Arana, que chutou forte, mas a defesa foi feita. Aos 32, Gabriel Menino tentou cobrança direta, e o protagonista do primeiro tempo evitou o gol olímpico.

Porém, em meio às boas intervenções, uma falha foi cometida. Ainda no minuto 7, Cuello encontrou Arana na ponta esquerda, e o lateral cruzou forte. Rony até tentou chegar, mas não alcançou a bola, que estava a caminho dos braços de Jori. Só que o goleiro do América errou o movimento e acabou a colocando para dentro da própria meta, abrindo o placar para o Galo: 1 a 0.

Expulsão e o primeiro gol do capitão

Após o domínio do Atlético, o América até tentou levar perigo ao gol adversário – Renato Marques e Cauan Barros finalizaram corretamente, e Everson fez defesas. Porém, em meio à recuperação americana, uma expulsão atrapalhou os planos de William Batista.

Aos 14, Cuello e o técnico do Coelho discutiram na lateral do campo. Oito minutos depois, pouco depois das únicas boas chegadas do América, o clima esquentou de vez. O atacante do Atlético voltou a participar de uma troca de farpas, mas, nessa ocasião, Cauan Barros devolveu um empurrão com um tapa no rosto do argentino. O resultado foi o cartão vermelho, e a equipe visitante com um a menos logo na metade da etapa inicial.

A vantagem no placar e no número de atletas em campo deu uma certa tranquilidade ao Atlético, tanto que as boas tramas fluíram, principalmente na reta final do primeiro tempo. A jogada entre Gustavo Scarpa e Cuello terminou em chute cruzado perigoso de Rubens aos 39. O argentino participou novamente e finalizou para Jori fazer a defesa no minuto 44.

Entre essas duas boas chegadas, o Atlético ampliou. Na saída de jogo do América, o atacante Renato Marques recebeu na intermediária, e Lyanco, rapidamente, roubou a bola. O zagueiro acelerou, passou por Scarpa, e o camisa 10 devolveu para o capitão. Já dentro da área, o defensor finalizou com a perna esquerda – colocando embaixo das pernas de Jori – e fez o seu primeiro gol com a camisa do Atlético: 2 a 0.

Um monólogo ‘sem dó’ para encaminhar o título

Enquanto o primeiro tempo teve lances que envolveram os dois times, a etapa final foi, praticamente, um monólogo. O Atlético dominou as ações desde o minuto inicial – teve chute perigoso de Arana com 55 segundos – e ampliou o placar, encaminhando o título do Mineiro.

Logo aos 3, Gabriel Menino recebeu na direita e fez belo cruzamento na segunda trave, encontrando o autor do gol anterior. Lyanco estava livre e correu em direção à bola para cabecear forte, marcando um belo gol de cabeça no canto oposto: 3 a 0.

Lyanco cabeceia bola para marcar em Atlético x América - (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Lyanco cabeceia bola para marcar em Atlético x América(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)

Mesmo com a vantagem, o Atlético não teve “dó” do rival. Empurrado pela torcida, a equipe seguiu em cima e marcou o quatro gol no minuto 17. Rubens estava com a bola no círculo central e deu passe para Rony, que finalizou de primeira com a perna esquerda e fez mais um para o Galo: 4 a 0.

Satisfeito? Não era isso que o Atlético demonstrou no Mineirão. Mesmo com a goleada, o time de Cuca continuou em cima, desta vez com os gritos ainda mais confiantes da torcida. Aos 20, Cuello cruzou e Rony finalizou para grande defesa de Jori. Três minutos depois, o autor do quarto gol apareceu novamente, desta vez em levantamento de Arana, e acertou a trave.

O restante do segundo tempo teve protagonismo do Atlético, mas sem a mesma efetividade de outrora. A margem de gols deu números finais à festa alvinegra no Mineirão.

Atlético 4 x 0 América

Atlético
Everson; Natanael, Lyanco, Junior Alonso e Guilherme Arana; Alan Franco, Gabriel Menino (Deyverson 24 do 2ºT), Gustavo Scarpa (Patrick 42 do 2ºT) e Rubens (Caio Paulista 38 do 2ºT); Cuello (Bernard 38 do 2ºT) e Rony (Igor Gomes 42 do 2ºT).
Técnico: Cuca

América
Jori; Mariano (Pedro Barcelos 25 do 2ºT), Ricardo Silva, Lucão e Marlon; Kauã Diniz, Cauan Barros e Elizari (Miqueias intervalo); Adyson (Júlio 30 do 1ºT), Fabinho (Jonathas 20 do 2ºT) e Renato Marques (Yago Santos intervalo).
Técnico: William Batista

  • Gols: Arana aos 7 do 1ºT, Lyanco aos 40 do 1ºT e 2 do 2ºT, Rony 17 do 2ºT
  • Cartões amarelos: Cuello e Yago Santos,
  • Cartões vermelhos: Cauan Barros 22 do 1ºT
  • Motivo: jogo de ida da final do Campeonato Mineiro de 2025
  • Data: 8/3/2025 (sábado)
  • Estádio: Mineirão, em Belo Horizonte
  • Árbitro: Vinícius Gomes do Amaral
  • Assistentes: Felipe Alan Costa de Oliveira e Pablo Almeida Costa
  • VAR: Wagner Reway
  • Público: 47.036
  • Renda: R$ 4.139.803,02

Compartilhe
google-news-logo