Em jogo equilibrado e com poucos lances brilhantes pelos dois lados, o América só empatou com o Villa Nova por 0 a 0, neste domingo (18/2), no Independência, pela sexta rodada do Campeonato Mineiro. O Coelho parou na defesa adversária e sofreu com a falta de entrosamento. Desperdiçou a chance de confirmar a vaga na semifinal, enquanto o Leão do Bonfim ainda sonha com a classificação.
O alviverde chegou aos 14 pontos – líder do Grupo C -, e o Villa somou oito – é o segundo colocado do Grupo B, a dois pontos de distância do Atlético, que está na liderança.
Para o duelo, o técnico Cauan de Almeida optou por fazer mudanças no time titular, poupando alguns jogadores. A ‘fórmula’ em campo que até então era sinônimo de sucesso – o América tem o melhor ataque e melhor defesa do campeonato – não foi eficiente nesta tarde no Horto.
O Coelho enfrentou muita dificuldade com o estilo de jogo proposto pelo Villa. O time de Nova Lima se fechou e não deixou espaços. No primeiro tempo, abriu mais, enquanto o América quis manter a posse de bola, mas não evoluiu. Na segunda etapa, apesar de ter melhorado, a equipe de BH já parecia cansada. Ninguém mexeu no placar.
Próximos jogos
O América volta a campo para encarar o Atlético, no sábado (24/2), às 16h30, no Independência, pela sétima rodada do Campeonato Mineiro. Já o Villa pega o Tombense, também no sábado (24/2), às 19h, no Castor Cifuentes, em Nova Lima.
Jogo travado
O confronto começou bem travado. O Villa Nova fechou bem os espaços e, com as linhas mais baixas, forçou o América a sair para o jogo e procurar espaços. Contudo, a defesa do Villa se portou bem e fechou o meio de campo – a ideia era buscar o contra-ataque.
Com dificuldade para quebrar as linhas, o Coelho tentou girar a bola trocando passes no meio, na intenção de encaixar uma arrancada. Mas o Villa foi efetivo, segurando o ataque alviverde – que só tinha passado em branco uma vez no Mineiro, no empate sem gols com o Itabirito, pela terceira rodada.
Além disso, as mudanças comprometeram o entrosamento do Coelho. Sem o trio do meio completo – Alê, Moisés e Juninho (o único que estava em campo) -, faltou criatividade.
O Leão do Bonfim, por sua vez, foi competente na marcação. Com a defesa alinhada, a equipe do Villa se aproximou do ataque, principalmente no fim da partida, e teve boas chances em jogadas iniciadas com a bola parada. Do outro lado, a pressão do América na saída de bola não funcionava. O time explorou os lados com os jogadores mais rápidos, mas ainda assim o Villa conseguiu travar.
Placar não sai do zero
O América iniciou a segunda etapa sem conseguir abrir espaços entre as linhas bem fechadas do Villa. A melhor oportunidade foi em lançamento de Daniel Borges, mas Varanda cabeceou sem jeito e viu a bola subir muito.
O técnico Cauan de Almeida decidiu mudar. Jacaré e Rodriguinho deram lugar a Felipe Azevedo e Moisés, respectivamente. Investindo no passe curto, para construir a jogada desde a defesa, o América era paciente – mas não conseguia encaixar as jogadas.
O alviverde até melhorou, e se aproximou mais da meta adversária. Contudo, com o desgaste físico, a intensidade não era a mesma. A melhor chance foi em jogada que partiu de Juninho. Ele tocou para o estreante Brenner, que esperava no meio da área e estufou as redes. Imediatamente, o bandeirinha assinalou o impedimento do capitão.
Com pouca energia, os dois times se concentraram nas chances isoladas. De um lado, o América foi impedido pela boa defesa do Villa Nova, que não vacilou. Do outro, o Leão do Bonfim diminuiu o ritmo do ataque e não cedeu à pressão que o alviverde exerceu no fim.
AMÉRICA 0 X 0 VILLA NOVA
América
Dalberson; Daniel Borges (Mateus Henrique aos 25 do 2T), Éder (Júlio aos 4 do 2T), Ricardo Silva e Nicolas; Felipe Amaral, Rodriguinho (Moisés aos 17 do 2T) e Juninho; Fabinho, Jacaré (Felipe Azevedo aos 17 do 2T) e Rodrigo Varanda (Brenner aos 25 do 2T).
Técnico: Cauan de Almeida
Villa Nova
Glaycon, Antônio Cabral, Renan, Oswaldo Henríquez (João Vitor aos 25 do 2T), Anthony Kauê (Charles aos 30 do 2T); Alex Paulino, Neto, Renatinho (Kauan Lindes aos 30 do 2T); Léo Reis (Gabriel Oliveira aos 48 do 2T); Lucas Amorim (Carlos Miguel, no intervalo) e Wendson
Técnico: Vinicius Munhoz
Motivo: sexta rodada do Campeonato Mineiro
Estádio: Independência, em Belo Horizonte
Árbitro: Paulo Cesar Zanovelli
Assistentes: Leonardo Henrique Pereira e Samuel Henrique Soares Silva
VAR: Vinicius Gomes do Amaral
Cartões amarelos: Daniel Borges, Júlio, Nicolas (América), Lucas Amorim, Renatinho, Alex Paulino, João Vitor (Villa Nova)
Público: 3.273
Renda: R$34.070,00