Presidente do América, Alencar da Silveira Júnior revelou ao No Ataque que deseja mudar o local do jogo de volta da final do Campeonato Mineiro contra o Atlético. A partida, com mando do Coelho, está marcada para o Independência. O mandatário, contudo, deseja que o clássico seja no Mineirão.
“Chance grande de ir para o Mineirão. Eu não vou deixar fazer festa dentro do meu terreiro, né? É claro que eu não vou deixar. Estou acabando de resolver, acho que levo para o Mineirão mesmo”, pontuou Alencar, à reportagem, no fim da tarde deste domingo (9/3).
A decisão tem relação direta com o placar do primeiro jogo. Nesse sábado (9/3), o América foi goleado por 4 a 0 pelo Atlético, com mando alvinegro no Mineirão. A tarefa do Coelho é quase impossível. Para ficar com a taça, precisa vencer a volta por pelo menos cinco gols de diferença ou por quatro para levar a disputa para os pênaltis.
Diante do contexto esportivo desfavorável, o presidente americano quer aproveitar a oportunidade de lucrar mais com o jogo no Mineirão, ampliando a carga de ingressos para a torcida do Atlético.
Alencar diz que já queria Mineirão
Alencar disse que já desejava mandar o jogo de volta no Mineirão mesmo antes da goleada na ida. Segundo o dirigente, América e Atlético negociaram a possibilidade de que as duas partidas fossem no estádio, com rendas divididas igualmente. Ele, contudo, conta que foi voto vencido.
“A gente perdeu uma grande oportunidade. Se eu tivesse (ouvido) o meu instinto… Quando eu falo que vou ser campeão, é porque em 2016 eu fiz pela minha cabeça”, diz Alencar, em referência à declaração que deu antes da final, quando cravou que o América conquistaria o título sobre o Galo.
“Agora, fui olhar muito para o lado do torcedor, e está aí. Eu tinha propostas do Atlético de fazer os dois jogos no Mineirão e dividir a renda, de liberar o goleiro (Matheus Mendes, que ficou fora da final por questões contratuais, já que está emprestado ao América pelo Atlético) e até mesmo o juiz de fora (de Minas Gerais) a gente poderia ter pleiteado, e o Atlético teria aceitado”, segue.
“Ia ficar bom para o Atlético, ia ficar bom para o América, mas não ia ficar bom para a torcida (do América). Como o América não é SAF e eu não sou dono dela, eu tenho que olhar o conselho gestor que trabalha comigo e tenho que ouvir a nossa torcida, que queria de toda forma o segundo jogo no Independência”, continuou Alencar, que chegou a levar as possibilidades a debate.
“Tudo isso que estou falando foi proposto para mim, eu levei (aos demais dirigentes) e fui vencido por não ser proprietário, por ser presidente da agremiação. Porque se sou empresário, dono, aí a conversa ia ser diferente. Mas nunca imaginei fazer o jogo que nós fizemos e tomamos de 4 a 0”, completa.
Bronca com arbitragem
Alencar, ainda, aproveitou para lamentar a atuação da arbitragem na partida de ida. A crítica se deve à expulsão do volante Cauan Barros aos 22 minutos do primeiro tempo, por agressão ao atacante Cuello, do Atlético.
O entendimento do América é que o cartão vermelho e o processo de tomada de decisão da arbitragem foram injustos. Por isso, o clube vai acionar a Federação Mineira de Futebol (FMF) para tentar tornar público o áudio do VAR.
“A gente sabe que jogar contra juiz, bandeirinha… E tem outra: estou buscando, vou tornar público, a conversa que teve no VAR entre juiz e bandeira. Porque nunca vi um bandeira pressionar tanto pela expulsão de um jogador igual teve ontem (sábado)”, ponderou.
Objetivos futuros
Com o título mineiro longe, o América já pensa no principal objetivo da temporada: voltar à Série A do Campeonato Brasileiro.
“O objetivo desta administração era chegar até a final do Campeonato Mineiro e buscar a Série B, o acesso à Série A. Esse é o meu objetivo dentro do América, e foi colocado desde a primeira hora com o Conselho de Administração”, disse Alencar.
O América estreia na competição no fim de semana do dia 5 de abril, contra o Botafogo-SP, no Independência.
Antes, porém, tem pela frente justamente a finalíssima diante do Galo. As equipes se enfrentam a partir das 16h30 de sábado (15/3). Provavelmente no Mineirão.
