Diretor de futebol do Atlético, Rodrigo Caetano disparou contra a Federação Mineira de Futebol (FMF) logo após a derrota para o Patrocinense por 2 a 1, na noite desta quarta-feira (24/1), no Estádio Pedro Alves do Nascimento. O dirigente detonou a arbitragem e o campo da partida de estreia do Galo no Mineiro.
Arbitragem de Patrocinense x Atlético
Insatisfeito com o deslize em Patrocínio, Rodrigo Caetano reclamou da forma com que a arbitragem lidou com o jogo na reta final, tendo em vista as pausas no segundo tempo e os minutos de acréscimo concedidos por Felipe Fernandes de Lima, árbitro do confronto.
“Ressaltamos o nosso descontentamento com a arbitragem, da forma morosa que foi. Ele deu os mesmos cinco minutos de acréscimos no primeiro e no segundo tempo, sendo que o segundo teve seis paradas. É uma questão matemática, é o que diz a regra. Depois parou na hora do placar eletrônico. Não estou fazendo suspeições do campeonato. Não nos atrapalhem, não queremos benefícios em nada. Não vão nos atrapalhar. Não queremos ser beneficiados. Vamos fazer a regra valer para todos. Mas eles não vão conseguir. Perdemos hoje, mas não perdemos o campeonato”
Rodrigo Caetano, diretor de futebol do Atlético
Mesmo com a reclamação, o dirigente fez questão de afirmar que o clube alvinegro segue forte na briga pelo pentacampeonato. Campeão das últimas quatro edições (2020, 2021, 2022 e 2023), o Atlético busca o feito de cinco conquistas seguidas, o qual não é alcançado desde o histórico time alvinegro da década de 1980.
“É importante ressaltar e registrar é que o Galo vai em busca do pentacampeonato. Não sei de que forma, qual equipe, é uma decisão institucional. Mas o Galo vai atrás do pentacampeonato. Espero que nenhum nada, além dos nossos adversários, sejam obstáculos a mais do que as dificuldades que teremos dentro de campo. Só isso que a gente quer”, reiterou Caetano.
Situação do gramado de Patrocinense x Atlético
Antes mesmo da bola rolar, o Atlético já havia feito uma reclamação à FMF sobre o estado do gramado em Patrocínio. Depois do jogo, Caetano procurou os microfones e foi mais claro ainda nas críticas ao “gramado alto e irregular”, como definiu a assessoria do Galo.
“Nesse caso, que estamos há muito tempo no futebol, é que não fizeram questão de cortar e isso foi premeditado. É contrário a tudo que defendemos no futebol. Não tem nada a ver com a equipe do Patrocinense, que fez por merecer a vitória, mas tenho que registrar essa contrariedade”
Rodrigo Caetano, dirigente do Galo
Ainda no discurso sobre a situação do gramado do Estádio Pedro Alves do Nascimento, o dirigente atleticano frisou o compromisso feito – e, aparentemente, descumprido – da Federação Mineira de Futebol em ajudar os clubes mineiros para elevar o nível do Estadual.
“A única ressalva que eu faço é que já enfrentamos outros estádios muito mais acanhados do que isso, o problema todo é o piso. E muitas das vezes o campo, por uma questão de falta de investimento, acaba não tendo o melhor gramado”, afirmou Caetano, que continuou.
“E eu acho que isso recai sobre a Federação. Eu estava no Conselho Arbitral, na qual eles disseram que ajudariam as equipes de menor investimento, e uma coisa que iriam prezar muito seria o gramado. Estou falando em prol do futebol mineiro, porque essa prática de trazer algum tipo de vantagem já passou há muito tempo”, concluiu.
A próxima vez que o Atlético visitará uma equipe do interior de Minas Gerais será em 8 de fevereiro. Na ocasião, o Galo enfrentará o Athletic, na Arena Sicredi, em São João del-Rei.
O restante das partidas da equipe alvinegra na fase de grupos do Mineiro contarão com jogos em Belo Horizonte e uma partida em Brasília. O duelo na capital federal será com o Itabirito, estreante no Estadual que vendeu o mando de campo e realizará o jogo no Mané Garrincha.
