CAMPEONATO MINEIRO

Presidente do Patrocinense rebate Atlético: ‘Premeditado foi contra o Cruzeiro’

Ronaldo Corrêa contrariou Rodrigo Caetano, diretor do Galo, que criticou a situação do gramado do Estádio Pedro Alves do Nascimento 
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O jogo entre Patrocinense e Atlético terminou na noite de quarta-feira (24/1), com vitória da equipe do Alto Paranaíba por 2 a 1. Porém, as discussões sobre o estado do gramado do Estádio Pedro Alves do Nascimento, em Patrocínio, foram protagonistas desde o fim da estreia das equipes no Campeonato Mineiro de 2024. 

Antes mesmo da bola rolar, o Atlético já havia feito uma reclamação à Federação Mineira de Futebol (FMF) sobre o campo de jogo. No término da partida, Rodrigo Caetano, diretor alvinegro, afirmou que a ação de não cortar a grama “foi premeditada”.

Já nesta quinta-feira (25/1), em entrevista exclusiva ao No Ataque, Ronaldo Corrêa, presidente do Patrocinense, rebateu as reclamações do Atlético e detalhou a situação do campo, explicando porque o gramado estava mais alto.

“O gramado foi cortado na sexta-feira (19/1) e iríamos cortar de novo na terça-feira (23/1) [véspera da partida], mas teve um temporal aqui e, se eu coloco máquina para cortar, a grama poderia ficar baixinha, mas, sem dúvida nenhuma, que provocaria uma deficiência no campo, por causa da umidade, mesmo com o gramado eficiente que a gente tem”, afirmou Ronaldo Corrêa.

A região do Alto Paranaíba, onde fica localizada a cidade de Patrocínio, conviveu nos últimos dias com fortes chuvas, e o presidente da equipe local, inclusive, relatou que teve um prejuízo de R$ 50 mil no estádio devido ao volume de água. Até por isso, Ronaldo afirmou que trata-se de algo natural e aproveitou para alfinetar o Atlético.  

“É uma coisa que vem da natureza, não é premeditado. Quem teve ações premeditadas foi o Atlético naquele dia com o Cruzeiro, no clássico na Arena MRV. A torcida ficou fechada, cortar o som, uma série de coisas que não tem isso aqui. A gente não tem nada a ver com o Atlético”

Ronaldo Corrêa, presidente do Patrocinense

O dirigente da equipe do interior de Minas relembrou o primeiro clássico disputado na Arena MRV entre Atlético e Cruzeiro, que terminou com a vitória dos visitantes por 1 a 0, pelo Brasileiro. Na ocasião, torcedores celestes reclamaram da situação dos banheiros, que não tinham portas e utensílios de higiene, e ficaram mais de uma hora após o apito final sem a possibilidade de deixar a nova casa do rival.

‘Se não precisam dos times do interior, façam um documento’

Insatisfeito com as reclamações do Atlético após a derrota em Patrocínio, o presidente Ronaldo Corrêa falou sobre o possível comportamento em caso de triunfo atleticano na primeira rodada do Mineiro. Ele ainda destacou que o gramado estava alto, mas sem buracos, o que poderia gerar riscos de contusão aos atletas – nenhum jogador se lesionou no jogo. 

“Isso é falta do que falar. Se tivessem ganhado, eu tenho certeza que iam falar que o gramado está excelente. O Mineirão há poucos dias estava ruim. E lá é por conta de show. Aqui é a prática do futebol. Não tinha buraco no campo. Se tivesse, aí sim, eu acho que é falta de responsabilidade porque o jogador pode se lesionar. Mas não tinha. Se os jogadores não estão preparados para jogar em um gramado diferente… A grama estava só com três centímetros”, disse Ronaldo Corrêa.

O dirigente do Patrocinense ainda criticou o posicionamento do Atlético em relação ao clube do interior, que tem como objetivo conquistar uma vaga nas competições nacionais em 2025. 

“Se eles não precisam dos times do interior, façam um documento, manda para a CBF e diz: ‘Nós não queremos disputar com os times da roça. Nós vamos disputar o Mundial, a Copa Libertadores’. Nós respeitamos. Direito deles. Só quero saber se tem uma regra que é obrigado ter o gramado coberto para evitar isso quando chover. Se tiver a regra, nós vamos cumprir”

Ronaldo Corrêa, presidente do Patrocinense

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