ATLÉTICO

Atlético: sindicato rebate Hulk após jogador atacar árbitro

Hulk chamou árbitro de Atlético x Cruzeiro de 'boçal' após o fim do partida; sindicato da arbitragem de Minas Gerais emitiu nota para repudiar fala do atacante
Foto do autor
Compartilhe

O Sindicato dos Árbitros de Futebol Minas Gerais rebateu o atacante Hulk, do Atlético, após o jogador atacar verbalmente o juiz Felipe Fernandes de Lima, que apitou a partida de ida da final do Campeonato Mineiro, contra o Cruzeiro, disputada no último sábado (30/3), na Arena MRV.

Hulk chamou o árbitro de “boçal” em entrevista após o apito final. Ele apontou que faltou diálogo de Felipe com os jogadores.

“Apenas não concordei com a falta dele, tão pouco ele é obrigado a me dar amarelo. Eu falo para eles, não estou reclamando do trabalho deles, se foi bem, se foi mal, o que eu vou falar é do comportamento dele com nós jogadores. O cara é muito boçal, a gente vai conversar com ele com todo respeito do mundo e ele dá as costas”

Hulk, atacante do Atlético

Sindicato de árbitros rebate Hulk

Nesta quarta-feira (3/4) o Sindicato de Árbitros de Futebol de Minas Gerais repudiou a fala do camisa 7 alvinegro, e afirmou que o jogador ofendeu a “honra” e a “moral” de Felipe Fernandes de Lima.

A instituição ainda disse que atletas, técnicos e dirigentes usam das reclamações à arbitragem para “transferir responsabilidades” e “justificar o baixo rendimento do clube após os jogos”.

Veja a nota completa do sindicato

“O Sindicato dos Árbitros de Futebol do Estado de Minas Gerais (SAMG) vem a público repudiar declarações como a do jogador do Clube Atlético Mineiro, Senhor Givanildo Vieira de Sousa ‘Hulk’. Em coletiva, após o jogo de sábado (30/03/2024) entre Atlético e Cruzeiro, o ‘Hulk’ chamou o árbitro Felipe Fernandes de Lima de boçal, ofendendo a sua honra e moral, tendo em vista que o termo boçal é utilizado para xingar uma pessoa de IMBECIL, IGNORANTE, ARROGANTE. Um boçal demonstra uma pessoa sem inteligência e educação em suas ações.

A título de informação, a orientação de que, em certos momentos do jogo, o árbitro deve ‘dar as costas e seguir com o jogo’, vem de comissões de arbitragens competentes de todo Brasil. Isso ocorre até mesmo no sentido de preservar os atletas, visto que as reclamações excessivas são passíveis de cartão amarelo.

O SAMG defende e acredita veementemente na boa conduta, caráter e qualificação de seus árbitros que passam por rigorosos testes físicos, apresentação de documentos e certidões, avaliações de rendimento entre outras exigências para exercer a profissão com excelência e alto rendimento. Portanto, apresentam requisitos suficientes para trabalhar em qualquer partida de futebol em Minas Gerais, Brasil e em outros países.

A arbitragem não pode mais ser usada para transferir responsabilidades e nem justificar o baixo rendimento do clube após os jogos, nem tampouco ser palanque para jogadores, técnicos e dirigentes descarregarem suas frustrações.

Ofensas, Calúnias, Difamação, Injúria, Racismo não cabem mais hoje em dia na sociedade, muito menos no futebol, o esporte mais democrático do Brasil.”

Compartilhe