O Cruzeiro anunciou nesta segunda-feira (27/1) a demissão do técnico Fernando Diniz. A última partida do treinador, de 40 anos, foi o empate por 1 a 1 com o Betim, nesse sábado , pela terceira rodada do Campeonato Mineiro.
Em um post nas redes sociais, o clube anunciou ainda os passos a seguir.
“O Cruzeiro informa que Fernando Diniz não é mais o treinador da equipe celeste. Junto ao técnico, deixam o clube o auxiliar Eduardo Barros e o preparador físico Wagner Bertelli. Agradecemos aos profissionais pelos serviços prestados e desejamos sucesso na sequência das trajetórias.”
Wesley Carvalho, auxiliar técnico fixo do Cruzeiro, comandará a equipe de forma interina a partir dos treinos desta segunda-feira.
Contratado em setembro de 2024, Diniz comandou o Cruzeiro em 20 jogos. Foram quatro vitórias, nove empates e sete derrotas nesse período – 35% de aproveitamento.
A pressão sobre Diniz começou no fim de 2024, quando o treinador perdeu o título da Copa Sul-Americana para o Racing. Ele também terminou o Campeonato Brasileiro fora da zona de classificação à Copa Libertadores, o que aumentou a insatisfação dos torcedores.
Neste ano, o Cruzeiro disputou cinco jogos: amistosos contra São Paulo (1 a 1) e Atlético (0 a 0), além das três rodadas iniciais do Estadual, diante de Tombense (1 a 0), Athletic (0 a 1) e Betim (1 a 1).
Renato Gaúcho na mira
Segundo Jaeci Carvalho, colunista do Estado de Minas, Renato Gaúcho é o nome buscado pela diretoria cruzeirense para assumir o comando da equipe. A cúpula se reunirá com Renato Gaúcho também nesta segunda-feira (27/1), informa o jornalista.
A próxima partida do Cruzeiro é contra o Itabirito, pela quarta rodada do Campeonato Mineiro. Os times se enfrentam na quinta-feira, a partir das 19h, no Independência, em Belo Horizonte.
“Eu conversei com o Renato no Whatsapp. Ele é meu irmão, e confirmou que foi contatado pelo Cruzeiro. A diretoria fará uma reunião nesta segunda-feira para definir a contratação dele”, afirma Jaeci Carvalho.
Pressão sobre Diniz
A cobrança sobre Fernando Diniz aumentou com o empate com o Betim, no Mineirão – a Raposa perdia o jogo até os 41min do segundo tempo, quando Lautaro Díaz empatou. A torcida não poupou críticas. Direcionou vaias, xingamentos e gritos ao técnico e ainda ‘exigiu’ que ele pedisse demissão.
Após a partida, ainda no estádio, Diniz se reuniu com Pedrinho e Alexandre Mattos, CEO de futebol celeste. Mas, diferentemente da expectativa dos torcedores, o treinador continuou no cargo.
Mas foi temporário. O No Ataque apurou que Pedrinho se reuniria com Diniz ainda nesta segunda, para bater o martelo sobre a situação, que chegara a um ponto insustentável.
O próprio treinador reconheceu que o momento era desfavorável. “Tudo tem um limite”, disse, em sua última entrevista como comandante da Raposa.