CRUZEIRO

Diniz x Jardim: jogadores do Cruzeiro apontam diferenças em estilos de jogo

Oficialmente apresentado pela Raposa na última segunda-feira (10/2), Leonardo Jardim ainda não venceu à frente da equipe

Leonardo Jardim comanda o Cruzeiro há exatamente uma semana. O venezuelano com nacionalidade portuguesa é a aposta da diretoria celeste para o lugar de Fernando Diniz, demitido no último dia 27. Evidentemente, pouco é possível fazer em sete dias com dois confrontos no período, mas alguns jogadores já deram indícios das instruções do novo treinador após o empate por 1 a 1 com o América, nesse domingo (16/2), no Mineirão, pela ida da semifinal do Campeonato Mineiro.

Agressividade

Para o lateral-esquerdo Kaiki, a principal diferença entre as ordens de Diniz e o que tem visto com Jardim é a ofensividade. Acho que é mais a agressividade com a bola. Um é mais toque de bola, outro é mais para frente. Vamos trabalhar, ver o que ele tem para melhorar ainda”.

A falta de objetividade na troca de passes era uma das principais queixas dos adeptos celestes em relação ao time de Diniz. Contra o Tombense (vitória por 1 a 0), o elenco teve posse de bola de 65% e quatro finalizações no gol. Contra o Athletic (derrota por 1 a 0), 62% e nenhum chute na meta. No empate por 1 a 1 com o Betim, 74% e seis tentativas com destino.

Com Leonardo Jardim, a Raposa perdeu para o Democrata-GV por 2 a 1 tendo 63% de chance de bola e oito chutes ao gol. Na igualdade com o América, a equipe manteve a bola em 52% do tempo e acertou o alvo em seis ocasiões. O novo treinador ainda não venceu no comando técnico celeste.

‘Não tem certo ou errado’

Matheus Henrique ressaltou que não há modo certo ou errado: “Cada um tem uma filosofia. Ele (Jardim) colocou Romero e Eduardo no meio, pediu ofensividade, peso na área, troca de corredor rápido. Não tem certo ou errado. São estilos de jogo diferentes, e a gente espera adaptar o mais rápido possível”.

Dudu complementou que Jardim pediu para o time sair tocando a bola e pediu consciência coletiva para entender o contexto: “Às vezes a gente tem que entender também o momento de alongar um pouco a bola”.

Nos amistosos de pré-temporada, Diniz também optou por quatro jogadores no meio-campo (Romero, Matheus Henrique, Eduardo e Matheus Pereira). Depois, nos três jogos que participou pelo Mineiro, aumentou para três o número de atacantes.

Contra o Democrata-GV, Jardim também acionou três jogadores de frente. Para o duelo com o América, acionou Eduardo e deu mais campo ofensivo a Matheus Pereira e também a Matheus Henrique. Em alguns momentos, as trocas no campo defensivo irritaram a torcida. Em outros, mais dinâmicos, o Cruzeiro conseguiu criar oportunidades.

O prazo de Leonardo Jardim

Em entrevista coletiva, Leonardo Jardim pediu prazo de um a dois meses para que o elenco evolua e passe a agradar: “Acredito que em um ou dois meses a equipe será mais competente e terá mais qualidades em vários aspectos. Em finalização, na capacidade de decisão, no último passe, em termos de saída de bola também. Para sair bem, temos que estar bem posicionados”.

Tempo de treinamento

Até o próximo compromisso, no sábado (22/2, volta da semifinal do Mineiro contra o América, no Independência, às 16h30), Jardim terá quatro dias de treinamento – com exceção da terça-feira, data programada para descanso. Será o maior período sem jogos desde que foi apresentado pela Raposa, na segunda-feira passada (10/2).

Para avançar sem a necessidade de pênaltis, o Cruzeiro precisa vencer o Coelho por qualquer resultado – o que não ocorre no Estadual há quase seis anos. Caso as equipes empatem novamente, decidem a vaga na final nas cobranças.

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