
O Cruzeiro terá semana extensa de treinamentos com foco exclusivo no jogo de volta da semifinal do Campeonato Mineiro. Para avançar sem passar pelos pênaltis, a Raposa precisa vencer o América por qualquer placar. Recém-chegado ao comando técnico, Leonardo Jardim já tem elaborado as estratégias para deixar o Independência, em Belo Horizonte, no próximo sábado (22/2), com triunfo e vaga na decisão.
Jardim ainda não venceu à frente do Cruzeiro. Diante do Democrata-GV, na quarta-feira passada (12/2), pela oitava rodada do Estadual, acionou time reserva, pois já estava classificado ao mata-mata, e perdeu por 2 a 1. Entrou com força máxima no jogo de ida da semifinal do torneio, contra o Coelho, nesse domingo (16/2), abriu o placar, mas sofreu o empate na reta final do segundo tempo (1 a 1).
Tempo para trabalhar e apoio
Agora, o treinador foca nos dias disponíveis para trabalhar e aposta na presença massiva de torcedores celestes no bairro do Horto. Entre segunda (16/2) e sexta-feira (20/2), atletas e comissão técnica terão quatro dias de treinamento na Toca da Raposa II. Nesta terça-feira (18/2), todos têm folga para descanso e recuperação.
“Todas essas oportunidades são de crescimento e trabalho. Recuperar jogadores e aproveitar uma semana mais longa. A equipe vai para a segunda parte, um resultado de 1 a 1, e tem que jogar para ganhar. Precisamos ser competentes, pois acredito que possamos jogar duas vezes em casa. Nossos adeptos estarão presentes, jogaremos duas vezes em casa. Se tivermos um jogo competente como fomos hoje (domingo), acredito que sairemos vitoriosos e iremos para a final, que é o objetivo”, iniciou.
Dinâmica em campo
Jardim quer dar dor de cabeça ao adversário a partir da movimentação em campo. Nada de jogo estático, que facilita a marcação: “É importante essa troca de posições, de quebrar linhas, receber no pé, fazer o facão. Essa dinâmica de um abrir no corredor e o outro vir por dentro. É importante que os jogadores ocupem os espaços de forma que o portador da bola tenha linhas de passe para jogar e possibilidade de criar”.
No primeiro confronto, foram os avanços mais dinâmicos do Cruzeiro que culminaram em chances reais de gol e confundiram os defensores do América. Contudo, é preciso ter atenção defensiva, alertou o treinador: “Queremos criar de forma consolidada e personalizada. Não de uma forma em que o adversário sairá no contra-ataque e irá nos agredir. Temos que controlar o jogo para ficarmos de forma equilibrada. Essa é a ideia de jogo. E é isso que vou trabalhar”.
A Raposa tem média de um gol sofrido por partida, o que escancara a necessidade de ajustes defensivos. Diante do América, bateu cabeça algumas vezes quando o adversário tentou escapar em velocidade, mas segurou a pressão. Aos 31 minutos da etapa final, foi golpeada por Cauan Barros, que contou com desvio no meio do caminho para tirar Cássio da jogada e deixar tudo igual.
Atenção às estrelas do time
Outra ‘arma’ de Jardim é explorar ao máximos as estrelas do elenco com cuidado para não comparar o Cruzeiro com outras equipes nas quais o treinador obteve sucesso.
“Falar do Monaco, que tinha jogador com velocidade de 39 km/h nas costas, era muito rápido. Outras vezes tinha o Falcão, um atacante muito bom de cabeça, precisava de mais cruzamentos. Cada equipe tinha suas características. O meu trabalho e o do staff é rentabilizar ao máximo as características do Gabriel, do Dudu, do Matheus Pereira, do pessoal que está aqui conosco. Temos que pensar no que eles podem fazer”, completou.
Juntos, os mencionados pelo comandante têm oito participações em gols na temporada da Raposa, considerando os amistosos de pré-temporada e os jogos do Mineiro – Gabi tem cinco gols, Dudu tem um e Matheus Pereira tem um gol e uma assistência. Nos 11 compromissos do ano, o Cruzeiro balançou a rede 13 vezes.