SÉRIE A3 DO PAULISTA

Clube sensação no Brasil fica perto de cair para a quarta divisão estadual

Finalista do Brasileiro de 2000 e 2001 e vice-campeão da Libertadores em 2002, São Caetano é o penúltimo na Série A3 do Paulistão

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O São Caetano, clube sensação no Brasil nos anos 2000, está perto de cair para a quarta divisão estadual. Após o empate por 1 a 1 com o Itapirense, o Azulão adiou uma batalha importante para a última rodada da competição. O time do ABC luta contra o segundo rebaixamento consecutivo no Campeonato Paulista.

Na 15ª rodada, o São Caetano enfrenta o Sertãozinho, no Anacleto Campanella, e precisa vencer para chegar a 13 pontos. Ainda assim, terá de secar o Rio Preto (14º, com 12), que poderia no máximo empatar com a Matonense para o Azulão escapar do rebaixamento.

No entanto, a tristeza pode vir antes. O Azulão depende de sentença do Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo. Caso a Matonense, adversária do Rio Preto, seja penalizada por manipulação de resultados, as chances de o São Caetano permanecer na Série A3 do Paulista acabam.

Isso porque o Rio Preto ficaria com a vitória por WO e iria a 15 pontos. Assim, nem se ganhar do Sertãozinho o São Caetano fugiria do rebaixamento.

Atualmente, o Azulão tem apenas 10 pontos e é o penúltimo da Série A3. A lanterna é a Matonense, que soma apenas um ponto e perdeu os três duelos anteriores justamente por WO – o TJD-SP suspendeu as partidas contra Lemense, Grêmio Prudente e União São João em meio às investigações de manipulação.

São Caetano: sensação do Brasil

O São Caetano foi sensação no futebol brasileiro. Em 2000 e 2001, disputou a final do Campeonato Brasileiro, perdendo para Vasco e Athletico-PR, respectivamente.

Em 2002, foi vice-campeão da Libertadores, sendo derrotado nos pênaltis pelo Olimpia, do Paraguai. Já em 2004, o Azulão conquistou o Campeonato Paulista.

Adhemar marcou 68 gols pelo São Caetano, sendo 22 na Copa João Havelange de 2000 (crédito: Divulgação/São Caetano)

Entre os jogadores que ganharam projeção nacional no São Caetano estão o goleiro Sílvio Luiz; os zagueiros Dininho e Serginho; o lateral-esquerdo César; os meio-campistas Claudecir, Adãozinho e Anaílson e o atacante Adhemar – conhecido pelos potentes chutes em cobranças de falta.

Morte de Serginho

Em outubro de 2004, o São Caetano viveu um momento que para sempre marcará sua história: Serginho sofreu parada cardíaca no jogo contra o São Paulo, no estádio do Morumbi, pelo Campeonato Brasileiro, e morreu no hospital.

Por causa do falecimento de Serginho, o São Caetano perdeu 24 pontos no Brasileirão e só não caiu porque vinha fazendo boa campanha – era o quinto colocado, com 77 pontos, e despencou para 18º entre 24 clubes, com 53.

O STJD aplicou a punição por entender que os dirigentes e médicos do clube sabiam dos problemas de saúde do jogador e mesmo assim o liberaram para atuar.

Rebaixamentos do São Caetano

A partir da tragédia envolvendo Serginho, o São Caetano se enfraqueceu nacionalmente e passou a lutar contra o rebaixamento na Série A até cair para a B em 2006.

Além de nunca mais retornar à Primeira Divisão do Brasileirão, o clube do ABC Paulista sofreu com novos descensos em âmbito nacional e estadual.

Linha do tempo do Azulão

  • 1998 – campeão da Série A3 do Paulistão e vice-campeão da Série C do Brasileiro
  • 2000 – campeão da Série A2 do Paulistão e vice-campeão do Brasileirão
  • 2001 – vice-campeão do Brasileirão
  • 2002 – vice-campeão da Copa Libertadores e 6º colocado no Brasileirão
  • 2003 – 4º colocado no Brasileirão
  • 2004 – Campeão do Paulistão e 18º colocado no Brasileirão
  • 2005 – 17º colocado no Brasileirão
  • 2006 – 19º colocado no Brasileirão (rebaixado à Série B)
  • 2017 a 2013 – disputou a Série B (rebaixado à C na última participação, em 19º)
  • 2014 – penúltimo do grupo B da Série C (rebaixado à D)
  • 2015 a 2020 – jogou a Série D em 2015, 2019 e 2020; sagrou-se campeão da Série A2 em 2017 e 2020 e da Copa Paulista em 2019
  • 2021 – última participação na elite do Campeonato Paulista. Desde então, amargou dois rebaixamentos até chegar à Série A3 em 2024
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