Robinho esteve em churrasco comemorativo no Centro de Treinamento do Santos. Em janeiro de 2022, a Justiça Italiana o condenou, em última instância, a nove anos de prisão por estupro coletivo.
O Santos promoveu a confraternização para comemorar a vitória por 2 a 1 sobre o São Bernardo nesse domingo (25/2), pela 10ª rodada do Campeonato Paulista, no Morumbis. Líder do Grupo A, com 22 pontos, a equipe paulista é dona da melhor campanha no estadual – sete vitórias, um empate e duas derrotas.
Segundo a jornalista Gabriela Brino, Robinho recebeu convite de Adilson Durante Filho, ex-conselheiro do clube, para participar da celebração. O convidante foi expulso do quadro associativo do Peixe em 2019 por falas racistas. Em áudio vazado, Adilson disse: “Sempre que tiver um pardo… O pardo o que é? Não é aquele negão, mas também não é o branquinho. É o moreninho da cor dele. Esses caras você tem que desconfiar de todos que conhecer. Essa cor é mistura de uma raça que não tem caráter. É verdade. Isso é estudo. Todo pardo, mulato, tu tem que tomar cuidado… é tipo para índio, tipo chileno, essas porr*. To dizendo um mulato brasileiro. Os pardos brasileiros. São todos mau-caráter. Não tem um que não seja”.
Também estiveram no CT jogadores do Santos, membros da comissão técnica e da diretoria e outros convidados.
Em nota, o Peixe negou o convite ao ex-atacante: “O Santos FC esclarece que o ex-jogador Robinho esteve nesta terça-feira (27) no CT Rei Pelé, para acompanhar o seu filho, Robson, atleta da categoria sub17, em exame médico e apenas cumprimentou os participantes do churrasco realizado no local para o elenco, comissão técnica e diretoria. O Clube deixa claro que não houve convite, muito menos a participação na confraternização”.
Robinho é condenado por estupro coletivo
Em 2013, Robinho, à época no Milan, e outros cinco homens estupraram uma mulher de origem albanesa em boate na cidade italiana. A justiça os condenou a nove anos de prisão em última instância em janeiro de 2022.
Em setembro do mesmo ano, o governo italiano solicitou a extradição do ex-jogador – negada. Ele reside no Brasil e é “protegido” por lei. Isso porque a legislação nacional não permite extradição de brasileiros para cumprimento de pena em outros países.
O Ministério Público Federal (MPF) defende que o ex-jogador cumpra no Brasil a pena imposta. A defesa, por outro lado, alega irregularidade na homologação da sentença.
Robinho deve ser julgado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) em 2024. A discussão é se o ex-atacante cumprirá pena no Brasil.
Próximo jogo do Santos
O Santos volta a entrar em campo no próximo domingo (3/3), contra o Bragantino, às 18h, no Nabizão, pela 11ª rodada do Campeonato Paulista.
