O ótimo início de Copa América do colombiano James Rodríguez deixa em alerta o Brasil, seu próximo adversário no encerramento da fase de grupos, que prepara uma marcação intensa no meia-atacante do São Paulo.
“James é um grande jogador que pode desequilibrar a partida a qualquer momento”, alertou Bruno Guimarães, meio-campista da seleção brasileira, neste domingo (30), em entrevista coletiva em San José, na Califórnia.
“Ele fez uma ótima Copa América e é um jogador que acompanharemos de perto para tentar anulá-lo”, garantiu.
Aos 32 anos, e depois de campanhas sem grande brilho nos seus últimos clubes, o pé esquerdo de James volta a brilhar com a seleção colombiana, pela qual deu três assistências nas duas vitórias que a levaram a liderar o Grupo D.
“É um jogador para ser marcado, um jogador para a gente ficar de olho. Sabemos da qualidade que ele tem com a bola, é um bom passador, chuta bem de fora da área. No espaço em que ele estiver em campo vai ter sempre alguém de olho nele”, garantiu Bruno Guimarães.
O Brasil, que empatou em 0 a 0 na estreia contra a Costa Rica, tem a obrigação de quebrar a invencibilidade de 25 jogos da Colômbia na terça-feira se quiser terminar em primeiro no Grupo D.
Essa liderança provavelmente evitaria um jogo tenso contra o Uruguai nas quartas de final, mas Bruno Guimarães garantiu que só pensa em buscar a vitória sem especular sobre outros resultados.
“Não queremos escolher os nossos adversários, queremos terminar em primeiro, fazer a nossa parte”, destacou ele sobre o duelo de terça-feira no Levi’s Stadium, em Santa Clara, na Califórnia).
O meio-campista do Newcastle, titular do técnico Dorival Júnior, considerou a Colômbia um “grande teste” para o questionado Brasil, que ganhou fôlego na sexta-feira com a vitória por 4 a 1 sobre o Paraguai.
“É uma grande equipe, que vem numa sequência muito boa, uma equipe muito física, com grandes jogadores que podem decidir um jogo, como James ou Luis Díaz”, descreveu. “Mas também temos grandes jogadores”, disse ele.
“Não estou muito preocupado com o jeito que eles vão encarar a partida. Se eles vierem pressionar, se eles vierem defender, para a gente não muda nada, a gente vai ter que ganhar o jogo”.
“Não estou muito preocupado com a forma como eles vão abordar o jogo. Se eles vão pressionar, se vão defender, não podemos mudar isso. Temos que sair e vencer”.
Bruno Guimarães, de 26 anos, também concordou com Dorival Júnior que o Brasil não é considerado favorito ao título pela primeira vez.
“Já joguei muitas vezes como favorito e perdi, e joguei sem ser favorito e ganhei. Isso não muda nada para nós”, afirmou. “Talvez o Brasil não seja favorito, mas é muito respeitado por tudo que tem (…) Ninguém quer jogar contra a seleção brasileira”.
“Queremos que os outros sejam favoritos. Se formos campeões, é isso que importa”, concluiu.
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