O técnico Arthur Elias definiu a estreia do Brasil na Copa América Feminina diante da Venezuela como um “jogo incômodo”. Na noite de domingo (13/7), a Seleção Brasileira até venceu a Venezuela por 2 a 0 no Estádio Gonzalo Pozo Ripalda, em Quito, no Equador, mas a atuação recebeu críticas do treinador.
Embora os gols de Amanda Gutierres e Duda Sampaio tenham garantido a importante vitória na primeira rodada da Copa América, Arthur Elias disse que o time, que contou com Marta entre as titulares, não teve boa atuação na parte técnica.
“Tecnicamente, a gente não conseguiu fazer um jogo com mais fluidez. Demoramos a vencer duelo no primeiro tempo. Tudo compromete bastante a ideia de jogo que a gente tem, o plano de jogo. Elas sabem disso. Torna um jogo não nervoso, mas um jogo incômodo para as atletas. Mas é bom elas passarem também essas situações. Acho que sempre tem crescimento”
Arthur Elias, técnico da Seleção Brasileira Feminina
E o que mais prejudicou o Brasil nessa partida? Em meio à análise, o técnico Arthur Elias detalhou os pontos que atrapalharam a Seleção Brasileira Feminina na estreia. A tomada de decisão foi o principal destaque do treinador. No fim do segundo tempo, por exemplo, Amanda Gutierres e Dudinha chegaram juntas na área contra apenas a goleira Cáceres, mas desperdiçaram a chance.
“Para mim foi mais a questão de a gente não cumprir tão bem as funções e dificultar a tomada de decisão, que não foi boa. Porque quanto mais clareza elas têm de tudo, você facilita a tomada de decisão com mais sincronia. E hoje a gente não conseguiu ter as melhores decisões, como alguns momentos lá atrás acontecia, mas para mim, muito mais pelo fator do primeiro jogo na altitude e, obviamente, o mérito da Venezuela, que se preparou muito para nos enfrentar”, concluiu Arthur Elias.
Brasil na Copa América Feminina
A vitória sobre a Venezuela levou o Brasil à segunda colocação do Grupo B, já que o líder Paraguai ostenta os mesmos três pontos, mas tem vantagem no saldo de gols. A Seleção volta a campo na quarta-feira (16/7), contra a Bolívia, às 18h, no Estádio Chillogallo, em Quito, no Equador.
Em nove edições da Copa América Feminina, o Brasil foi campeão oito vezes e é o favorito para ficar com a taça novamente. A única vez em que o título não ficou com a Seleção Brasileira foi em 2006, quando a Argentina conquistou o título.