ESPORTE NA MÍDIA

Comentarista do SporTV ironiza mudança nos campos da Copa América: ‘Quem foi o gênio?’

Comentarista do SporTV, Lédio Carmona não poupou a indignação ao avaliar o tamanho de alguns gramados que recebem jogos da Copa América
Foto do autor
Compartilhe

Comentarista do SporTV, Lédio Carmona não poupou a indignação ao avaliar o tamanho de alguns gramados que recebem jogos da Copa América. O jornalista se expressou antes da estreia do Brasil diante da Costa Rica, nesta segunda-feira (24/6), no SoFi Stadium, em Inglewood, pela primeira rodada do Grupo D.

Nesta edição do torneio, 11 dos 14 estádios utilizados comumente recebem partidas de times da NFL. Por isso, as dimensões dos campos são menores. A principal liga de futebol americano segue o padrão 109,75m x 48,75m.

Para padronizar o tamanho, a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) acatou o pedido da Federação dos Estados Unidos (US Soccer) e da Confederação das Américas do Norte e Central (Concacaf) e, com o intuito de não precisar realizar ajustes nas estruturas dos estádios, definiu que as medidas serão de 100m x 64m.

Eu queria entender, eu queria saber, primeiro, quem foi o gênio que teve essa ideia. E queria saber como aceitaram que essa ideia fosse prevalecer. Porque se você quer que as competições melhorem, que tenham melhores condições do jogo, que os jogadores fiquem mais à vontade com gramados bons, você reduz o gramado? Você diminui o espaço do jogador?

Lédio Carmona, comentarista do SporTV

Para se ter uma noção da diferença, na Copa do Mundo, o comprimento dos campos é de 105m e a largura é de 68m. Apesar da variação, a menor dimensão ainda obedece a exigência da Federação Internacional de Futebol (Fifa). A regra da entidade diz que os gramados para jogos internacionais precisam ter entre 100 e 110 metros de comprimento e entre 64 a 75 metros de largura.

“Você está restringindo a qualidade do jogo e a arte do jogador. É tudo contra o jogador. ‘Ah, os estádios americanos não estavam prontos’, então arrumassem um estádio americano que tivesse condições de ter um jogo”, acrescentou Lédio.

Luiz Carlos Júnior tentou acalmar os ânimos

O narrador Luiz Carlos Júnior tentou acalmar os ânimos do companheiro, mas nada adiantou: “Este estádio vai ser estádio de Copa do Mundo”. “É maravilhoso o estádio. Agora, faz umas gambiarras aí e coloca o padrão”, retrucou o comentarista.

Luiz Carlos Júnior olhou para o campo e refletiu: “Mas eu acho que não dá. Acho que, para a Copa do Mundo, eles vão ter que reformar”. Lédio manteve a opinião: “Vai ter, porque a Fifa não vai aceitar isso, a Fifa privilegia o aspecto técnico, a qualidade do jogo”.

Para completar o raciocínio, o comentarista criticou a decisão da entidade que rege o futebol sul-americano: “E a Conmebol, que está tentando reformular, melhorar as competições, na minha opinião, bobeou. Deveria ter pressionado os americanos para o gramado ser exatamente como é nas grandes competições europeias, no Campeonato Brasileiro, enfim, no mundo inteiro, menos aqui, na Copa América”.

O diálogo sobre as dimensões dos gramados acabou quando Luiz Carlos Júnior pediu para que o companheiro avaliasse a Costa Rica, primeira adversária do Brasil no torneio continental.

Compartilhe