COPA DO BRASIL

Atlético erra muito, perde para o Flamengo e precisa de virada por título da Copa do Brasil

Em tarde de desempenho ruim, Atlético abusou das falhas e pagou caro por primeiro tempo abaixo da crítica diante do Flamengo

Enviado especial ao Rio de Janeiro – O ótimo momento que atravessava o Atlético não foi suficiente para conter o Flamengo no Maracanã, na tarde deste domingo (3/11). A equipe mineira acabou derrotada por 3 a 1, no jogo de ida da final da Copa do Brasil. Em duelo repleto de falhas alvinegras, Arrascaeta e Gabigol (duas vezes) marcaram os tentos que selaram o triunfo rubro-negro no primeiro embate da decisão do torneio mata-mata. Na reta final, Alan Kardec descontou para o Galo.

O time comandado por Gabriel Milito pagou caro por um primeiro tempo abaixo da crítica no Maracanã. Com espaços cedidos no campo de defesa e nula produtividade ofensiva, o Atlético sofreu dois gols na metade inicial do jogo.

A etapa complementar teve evolução do Galo, que passou a ficar mais tempo com a bola, mas o “banho de água fria” veio com mais um gol de Gabriel Barbosa. Já nos instantes finais, Kardec, que havia saído do banco de reservas, descontou e deu esperança aos atleticanos. A equipe mineira até pressionou nos últimos minutos, mas não conseguiu diminuir a vantagem dos cariocas.

A decisão do título ocorrerá na Arena MRV, em Belo Horizonte, a partir das 16h do próximo domingo (10/11). Para ser campeão, o Atlético precisará vencer o adversário por três gols de diferença. Em caso de triunfo atleticano por dois tentos de vantagem, a briga pela taça ocorrerá nos pênaltis.

Próximos jogos de Flamengo e Atlético

Entre as finais da Copa do Brasil, ambas as equipes jogarão pela 32ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro. O Flamengo visitará o Cruzeiro no Independência, em Belo Horizonte, às 21h de quarta-feira (6/11).

No mesmo horário, o Atlético enfrentará o Atlético-GO. O duelo será disputado no Estádio Antônio Accioly, em Goiânia.

Flamengo x Atlético: o jogo

Mandante do confronto, o Flamengo deu início à decisão da Copa do Brasil buscando controlar a posse e pressionar o Atlético desde a saída de bola. Com postura mais precavida, o Galo, por sua vez, tentava preencher o meio-campo para dificultar as ações ofensivas do adversário.

Boas chances vieram logo nos primeiros minutos – para ambos os lados. O time alvinegro se aproveitou de um erro na saída do Rubro-Negro Carioca para finalizar a média distância com Scarpa, exigindo defesa de Rossi, enquanto Michael deu susto nos atleticanos após escapada pela esquerda e remate que passou rente à trave direita de Everson.

Como pede o estilo de Gabriel Milito, o Atlético buscava aproximações e trocas de passes curtos nos momentos em que tinha a bola. Quando pressionado, no entanto, o Galo não hesitava em forçar bolas longas para tentar encontrar a “parede” de Hulk perante aos zagueiros adversários.

Apesar disso, aos 10 minutos, o Fla abriu o placar. Após arrancada do lateral-direito Wesley com muita liberdade pelo centro do campo, Michael recebeu pelo lado direito da defesa do Atlético e tocou para Gabigol, que exigiu boa defesa de Everson com chute cruzado. No rebote, Arrascaeta finalizou para as redes: 1 a 0.

A comemoração de Arrascaeta diante do Atlético(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)

O tento pouco alterou o cenário do jogo, que seguia controlado pelos dirigidos por Filipe Luís. Com a vantagem no placar, o rubro-negro rodava a bola, procurando formas de encontrar novos espaços em meio à defesa do Galo.

Os comandados de Milito tinham dificuldades para conectar os homens de frente e sofriam em determinados momentos para proteger a entrada da própria área. Faltava combatitividade para pressionar o portador da bola, especialmente no centro do campo. Em uma dessas oportunidades, Léo Pereira arriscou de muito longe e exigiu um “milagre” por parte de Everson.

Aos 38 minutos, outro baque para o Atlético. Após bola longa pela direita, Gonzalo Plata desviou de cabeça e encontrou Gabigol livre, nas costas da defesa alvinegra – Lyanco, de acordo com análise da arbitragem, dava condição. De frente para a meta, o atacante teve frieza para ampliar o placar: 2 a 0 para o Flamengo.

Gabigol comemora gol marcado pelo Flamengo diante do Atlético(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)

No balanço geral, um primeiro tempo consideravelmente aquém do que o Atlético podia produzir. “Encaixotado” pela pressão do Flamengo, o Galo abusou da passividade nos 45 minutos iniciais no Maracanã e pagou caro pelas falhas defensivas.

Segundo tempo

O Atlético deu início à etapa complementar com uma missão clara: tentar ficar com a bola por mais tempo para, ao menos, ameaçar a meta flamenguista. O incentivo vinha das arquibancadas – contida no primeiro tempo, a parcela alvinegra do Maracanã cantava para “empurrar” a equipe mineira ao ataque.

Por mais que conseguisse segurar a posse em mais momentos, o Galo seguia enfrentando desafios para criar boas chances de gol. O principal problema estava relacionado à conexão entre o meio-campo e os jogadores do setor ofensivo.

Paulinho tenta transpor a marcação do Flamengo no Maracanã(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)

Aos 22 minutos, Milito optou pelas entradas de Zaracho e Alisson nas vagas de Otávio e Guilherme Arana, respectivamente. Com a mudança, Gustavo Scarpa caiu pela esquerda, enquanto Alisson passou a ser o responsável pelo corredor direito. Por dentro, Zaracho, Paulinho e Hulk tentavam se associar.

No entanto, outro vacilo do Atlético praticamente selou a vitória do Flamengo aos 28 minutos. Zaracho perdeu a posse no meio-campo, e Carlos Alcaraz arrancou pelo setor. Acionado na esquerda, Gabigol não foi pressionado e chutou cruzado, sem chances para Everson: 3 a 0 para o Rubro-Negro Carioca.

Com novas alterações, a equipe mineira partiu para o “tudo ou nada”. Até que aos 34 minutos, Alan Kardec, que havia acabado de entrar na partida, aproveitou falha da defesa adversária para responder rápido e descontar o placar para o Galo: 3 a 1 no Maracanã. O gol incendiou os cerca de quatro mil torcedores alvinegros no estádio, que fizeram muito barulho nas arquibancadas.

Alan Kardec “desencantou” pelo Atlético com gol na final da Copa do Brasil(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)

Nos instantes finais do confronto, o Atlético se lançou ao ataque para tentar diminuir a vantagem flamenguista. O time de Filipe Luís chegou a armar, inclusive, uma linha de cinco na defesa para conter as iniciativas adversárias.

A pressão mineira não foi suficiente. 3 a 1 no placar final, que exige do Galo mais uma virada histórica para erguer o terceiro caneco na Copa do Brasil. Ainda assim, ao som do já tradicional “eu acredito” de torcedores do Atlético, os atletas alvinegros deixaram o gramado do Maracanã.

FLAMENGO 3 x 1 ATLÉTICO

Flamengo

Rossi; Wesley, Léo Ortiz, Léo Pereira e Alex Sandro (Ayrton Lucas, aos 42min do 2°T); Evertton Araújo, Gerson e De Arrascaeta (Alcaraz, aos 19min do 2°T); Michael, Plata (Fabrício Bruno, aos 42min do 2°T) e Gabigol (Varela, aos 48min do 2°T)

Técnico: Filipe Luís

Atlético

Everson; Lyanco (Saravia, aos 34min do 2°T), Battaglia, Junior Alonso e Rubens; Otávio (Zaracho, aos 22min do 2°T), Alan Franco, Gustavo Scarpa (Alan Kardec, aos 34min do 2°T) e Guilherme Arana (Alisson, aos 22min do 2°T); Paulinho e Hulk

Técnico: Gabriel Milito

  • Motivo: jogo de ida da final da Copa do Brasil
  • Data: 3/11/2024
  • Estádio: Maracanã, no Rio de Janeiro
  • Árbitro: Rafael Rodrigo Klein (RS)
  • Assistentes: Bruno Raphael Pires (GO) e Bruno Boschilia (PR)
  • VAR: Caio Max Augusto Vieira (RN)
  • Gols: Arrascaeta (Flamengo, aos 10min do 1°T), Gabigol (Flamengo, aos 38min do 1°T e aos 28min do 2°T); Alan Kardec (Atlético, aos 34min do 2°T)
  • Cartões amarelos: Alex Sandro (Flamengo); Guilherme Arana (Atlético)
  • Público: 67.459

Leia mais notícias do Atlético em No Ataque!

Compartilhe
Sair da versão mobile