A possibilidade das finais da Copa do Brasil entre Atlético e Flamengo contarem com a marcação do impedimento de forma semiautomática ainda está distante. O presidente do Galo, Sérgio Coelho, afirmou ao No Ataque na segunda-feira (21/10) que o clube emitiria um ofício com a solicitação do uso da tecnologia. Porém, o pedido ainda não foi recebido pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), e a implementação para as decisões é vista como complexa.
O No Ataque apurou nesta terça-feira (22/10) que a CBF ainda não recebeu nenhum pedido do Atlético sobre o uso da tecnologia do impedimento semiautomático. A entidade também afirmou que seria impossível “responder sobre o tema para uma pergunta que não existe”, já que o possível requerimento foi dito apenas pelo presidente Sérgio Coelho e não oficializado à Confederação.
O assunto se popularizou na segunda-feira (21/10) a partir de uma inquietação da diretoria alvinegra com qualquer possibilidade de favorecimento ao rival interestadual na decisão da Copa do Brasil. Os jogos serão realizados em 3 e 10 de novembro, ainda sem palcos decididos – o sorteio do mando de campo ocorrerá nesta quinta-feira (24/10).
A reportagem do No Ataque conversou com Sérgio Coelho, que confirmou informações antecipadas pelo ge.globo e disse que o ofício seria enviado à CBF: “Muita preocupação (com a arbitragem). Queremos um jogo limpo e não jogos sujos como no passado”.
Mas a dificuldade na implementação da tecnologia vai além da ausência do pedido do Atlético na CBF até então. O No Ataque apurou com uma fonte da CBF que atestou a existência de uma “questão complexa com uso de câmeras fixas” e a “necessidade de um equipamento específico” que impediria o uso do impedimento semiautomático nas finais da Copa do Brasil, como antecipado pelo jornalista Vitor Sérgio Rodrigues.
Ainda foi comentado que usar a tecnologia apenas nas decisões seria algo que “conflita com a isonomia” – princípio pregado pela CBF – em relação aos outros clubes, já que todas as fases da Copa do Brasil contaram apenas com o uso do VAR. Mesmo entendendo a importância do semiautomático, a fonte interna na CBF afirmou que o artifício “não é algo para uma partida, mas sim para um campeonato”, o que dificultaria o uso apenas nas decisões.
O impedimento semiautomático
O impedimento semiautomático é uma ferramenta que auxilia o VAR (árbitro de vídeo) a tomar decisões mais rápidas e precisas nas checagens de possíveis infrações de impedimento. A tecnologia envolve a utilização de um sistema de câmeras e até mesmo de sensores na bola para realizar leituras mais eficazes desses tipos de lances.
Após uma primeira aparição no Mundial de Clubes da Fifa, em 2022, a tecnologia foi aprovada e utilizada na Copa do Mundo daquele ano, no Catar. Neste ano, o sistema também foi adotado pela Premier League, na Inglaterra.
Por meio de Inteligência Artificial, o impedimento semiautomático recria os lances de possíveis infrações em 3D e auxilia a arbitragem nas tomadas de decisão. A ferramenta, de toda forma, ainda é alvo de críticas de parte dos fãs do esporte por eventuais imprecisões.