ATLÉTICO

Atlético: autor de ‘gol da esperança’, Kardec pode se tornar mais um herói improvável da Copa do Brasil

Gol marcado por Kardec contra o Flamengo, no Rio de Janeiro, atenuou um pouco a complicada situação do Atlético na final da Copa do Brasil
Foto do autor
Compartilhe

O Atlético entra em campo contra o Flamengo, a partir das 16h deste domingo (10/11), na Arena MRV, pelo segundo jogo da final da Copa do Brasil. A missão alvinegra não será fácil, visto que os cariocas venceram a ida por 3 a 1. Mas o cenário poderia ser ainda mais caótico se não fosse o “gol da esperança” marcado pelo centroavante Alan Kardec no Rio de Janeiro.

No último domingo (3), o Galo foi dominado pelo time rubro-negro, que chegou a abrir 3 a 0, com dois do atacante Gabriel Barbosa e um do meio-campista Arrascaeta. Já no fim da partida, Kardec se aproveitou de um erro do zagueiro Leo Ortiz e diminuiu o placar para os mineiros.

O gol foi o primeiro marcado pelo jogador de 35 anos na temporada. No Atlético desde 2022, Kardec nunca gozou de muito prestígio com os treinadores que passaram pelo clube. Neste ano, são apenas 20 jogos – três como titular.

Kardec busca ser herói improvável do Atlético na Copa do Brasil

Para ser campeão no tempo normal, o Atlético precisará vencer o Flamengo por pelo menos três gols de diferença – triunfo por dois gols levará para os pênaltis. Se isso acontecer, ficará na memória do torcedor o chute de Kardec no Maracanã, que, para além de diminuir a desvantagem, serviu para dar esperança ao alvinegro.

Essa não seria a primeira vez que um jogador com pouco destaque decidiria uma final da Copa do Brasil. O No Ataque conta, a seguir, outras histórias parecidas.

Fernando – Flamengo

Em 1990, o Flamengo tinha um time repleto de craques consolidados, como o lateral-esquerdo Júnior e o atacante Renato Gaúcho, além de jovens que viriam se tornar estrelas posteriormente, casos dos meio-campistas Marcelinho Carioca e Djalminha.

Mas, na final da Copa do Brasil contra o Goiás, quem brilhou foi um jogador menos badalado. As equipes fizeram o primeiro jogo no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio, em Juiz de Fora, Minas Gerais, com mando do Flamengo – porque o Maracanã estava em reforma.

O único gol da partida não foi marcado pelas estrelas rubro-negras, mas sim pelo zagueiro Fernando, que também passou por Atlético, Vasco e Santos. Poucos minutos depois de abrir o placar, o defensor cometeu uma falta e recebeu o cartão vermelho.

Das arquibancadas do Serra Dourada, ele viu Goiás e Flamengo empatarem por 0 a 0, e o título ficar com o rubro-negro em função do gol marcado na partida de ida.

Enílton – Sport

A decisão da Copa do Brasil de 2008 serve, mais do que qualquer outra, como inspiração para o Atlético. Afinal, foi a única edição do torneio em que um clube que foi derrotado por dois gols de diferença na ida conseguiu a virada no segundo jogo.

Na ocasião, o Corinthians fez um jogo quase perfeito no Morumbi e venceu o Sport por 3 a 1. A vantagem levada para a volta poderia ter sido ainda maior se não fosse o gol feito por Enílton nos acréscimos do segundo tempo.

Reserva da equipe, o volante havia entrado em campo aos 29 minutos da etapa final. Após receber passe do atacante Carlinhos Bala, um dos principais jogadores do Sport, Enílton chutou cruzado e descontou para os pernambucanos.

No jogo de volta, em Recife, o Leão venceu por 2 a 0. Como na época o gol fora de casa contava como critério de desempate na Copa do Brasil, o título ficou com os mandantes.

Betinho – Palmeiras

Em 2012, o Palmeiras viveu realidades diferentes no Campeonato Brasileiro e na Copa do Brasil. Enquanto foi rebaixado na competição por pontos corridos, saiu vitorioso no torneio mata-mata.

O título foi conquistado contra o Coritiba, que já havia sido vice-campeão no ano anterior. Mandante da ida, na Arena Barueri, o Alviverde Paulista abriu 2 a 0, levando a vantagem para a volta, no Couto Pereira.

E os paranaenses sonharam, por pouco tempo. Aos 16 minutos do segundo tempo, o lateral-direito Ayrton abriu o placar para o Coritiba, que àquela altura precisava somente de mais um gol para levar para os pênaltis.

A vantagem no placar, entretanto, foi evaporada quatro minutos depois. Isso porque o atacante Betinho, que só havia marcado um gol na temporada até então – terminou com três -, deu um leve toque de cabeça após cruzamento do meio-campista Marcos Assunção e deixou tudo igual. O empate, portanto, garantiu o título para o Palmeiras.

Os números de Alan Kardec no Atlético

  • Jogos: 48
  • Gols: 4
  • Assistências: 1
  • Títulos: Campeonato Mineiro (2023 e 2024)
Compartilhe