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Catracas ‘de presídio’ e mais: Atlético toma decisões para aumentar segurança na Arena MRV

Bruno Muzzi e Sérgio Coelho revelaram ao No Ataque medidas de segurança que serão tomadas pelo Atlético após caos na Arena MRV durante final da Copa do Brasil
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O Atlético já definiu algumas medidas de segurança a serem aplicadas na Arena MRV após atos de vandalismo cometidos no estádio durante a partida contra o Flamengo, nesse domingo (10/11), na final da Copa do Brasil. Houve relatos de torcedores sem ingresso pulando as catracas e entrando no estádio, tentativas de invasão do campo, além de objetos, sinalizadores e bombas atirados no gramado.

CEO do Galo, Bruno Muzzi revelou, em entrevista exclusiva ao No Ataque, que o clube vai implementar catracas “no estilo torniquete”, que vão “do piso ao teto”, permitindo a passagem de apenas uma pessoa – parecidas, segundo ele, com “catracas de presídio”.

A medida também foi falada pelo presidente do Atlético, Sérgio Coelho, que conversou com a reportagem após visita ao fotógrafo Nuremberg José Maria – que foi atingido por bomba na Arena MRV, sofreu fratura exposta no pé direito e em três dedos e rompeu os tendões. Ele está internado no hospital Maria Amélia Lins, no Bairro Santa Efigênia, Região Centro-Sul de Belo Horizonte.

“Vamos trocar as catracas, usar uma que tem três metros de altura, parecida com a que tem em em bancos e hotéis”, disse.

Ampliação de vidros e controle dos ingressos

Bruno Muzzi revelou mais medidas pensadas pelo Atlético para a Arena MRV, que vão desde a subida do vidro que separa a arquibancada do campo até o controle maior da venda de ingressos.

“Estamos pensando, infelizmente, em subir vidros na arena, que não era algo pensado, e em medidas menos populares, como a não permissão da transferência de ingressos, 100% dos ingressos serem online, ampliar conferência de ingressos além dos perímetros da arena. Vamos precisar de muita moderação, muita união para que consigamos implementar tudo isso.”

Bruno Muzzi, em entrevista exclusiva ao No Ataque

Aumento de 75% na segurança não foi suficiente

De acordo com Muzzi e Sérgio Coelho, o Atlético havia elaborado a operação de segurança especial para o jogo contra o Flamengo. Entretanto, não foi possível conter todos os atos de vandalismo

“O Atlético já vem incrementando a segurança, para esse jogo vinhamos monitoramos muitas coisas. Todos os jogos na Arena vinhamos mantendo cerca de 400, 450 seguranças privados, contra o Flamengo foram 710, com maior efetivo de batalhão de choque, maior efetivo de polítcia militar, e nada disso foi possível para conter esses vândalos”, disse Bruno.

“Aumentamos a nossa segurança em 75%, mas mesmo assim o vandalismo não foi contido. Eles invadiram a esplanada, foram para a área das catracas, invadiram, alguns arrebentaram portas de aço para passar. Temos fotos de um senhor com o filho pequeno fazendo a invasão. A partir do momento que invade, não há controle de quem está com uma arma, uma bomba, um foguete. Pretendemos aprender muito com esssa situação para não termos mais problemas como esses”, contou Sérgio Coelho.

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