CEO do Atlético, Bruno Muzzi atribuiu o caos na Arena MRV durante e após o fim do jogo entre Atlético e Flamengo, pela final da Copa do Brasil, no domingo (10/11), aos torcedores que invadiram o estádio sem ingresso, pulando catracas em diversos setores.
Além da derrota do Atlético por 1 a 0 para o Flamengo, a final ficou marcada por cenas lamentáveis nas arquibancadas. A confusão teve início ainda com a bola rolando, quando torcedores do Galo arremessaram copos em direção aos jogadores do rival e paralisaram a partida por cinco minutos.
Além disso, sinalizadores foram acesos e bombas arremessadas das arquibancadas. Uma delas atingiu o fotógrafo Nuremberg José Maria, que quebrou três dedos e rompeu o tendão do pé. Outras chegaram a explodir bem perto de atletas do Flamengo.
“Pensar como evitar que essas bombas entrem dentro do estádio. É inadmissível que isso tenha acontecido. Tem discussões profundas sobre segurança privada, segurança pública, onde cada um tem que atuar, como controlar as invasões que aconteceram no estádio, da rua para a esplanada, que é onde imaginamos que tenham entrado essa turma de criminosos, bandidos, que não refletem a torcida do Galo, que estavam aqui dentro (da Arena MRV) provocando situações delicadas, desde bombas, arremessos de objetos em campo, até tentativa de invasão do campo e arrastão, com violência, dentro de alguns setores”
Bruno Muzzi, CEO do Atlético
Aumento de 75% na segurança da Arena MRV não foi suficiente
De acordo com Muzzi, o Atlético havia elaborado operação de segurança especial para o jogo contra o Flamengo, mas, ainda assim, não foi possível conter todos os atos de vandalismo
“O Atlético já vem incrementando a segurança, para esse jogo vinhamos monitoramos muitas coisas. Todos os jogos na Arena vinhamos mantendo cerca de 400, 450 seguranças privados, contra o Flamengo foram 710, com maior efetivo de batalhão de choque, maior efetivo de polítcia militar, e nada disso foi possível para conter esses vândalos”, disse Bruno.
Medidas que serão tomadas pelo Atlético
CEO do Galo, Bruno Muzzi revelou ao No Ataque que o clube vai implementar catracas “no estilo torniquete”, que vão “do piso ao teto”, permitindo a passagem de apenas uma pessoa, parecidas, segundo ele, com “catracas de presídio”.
Muzzi também contou que o Atlético vai subir o vidro que separa a arquibancada do campo e controlar maior a venda de ingressos e o acesso ao estádio.
“Estamos pensando, infelizmente, em subir vidros na arena, que não era algo pensado, e em medidas menos populares, como a não permissão da transferência de ingressos, 100% dos ingressos serem online, ampliar conferência de ingressos além dos perímetros da arena. Vamos precisar de muita moderação, muita união para que consigamos implementar tudo isso.”
Bruno Muzzi, em entrevista exclusiva ao No Ataque