FUTEBOL NACIONAL

Jogador do Cruzeiro opina sobre violência em Atlético x Flamengo na Arena MRV

Zagueiro do Cruzeiro comentou sobre os atos de violência de torcedores do Atlético durante final da Copa do Brasil contra o Flamengo, na Arena MRV
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Zagueiro do Cruzeiro, João Marcelo opinou sobre os episódios de violência protagonizados por torcedores do Atlético durante a vitória do Flamengo por 1 a 0 sobre o alvinegro pela volta da final da Copa do Brasil, na Arena MRV, no último domingo (10/11).

“Concordamos com as festas, com tudo que as torcidas fazem durante os jogos, mas partir pra violência eu já não concordo, não tem necessidade disso. Mas quem tem que tomar medidas é o clube, a direção (do Atlético), com a torcida”

João Marcelo, em coletiva de imprensa na Toca da Raposa 2 nesta quinta-feira (14/11)

O caos na Arena MRV

Além da derrota do Atlético por 1 a 0 para o Flamengo, a final ficou marcada por cenas lamentáveis nas arquibancadas. A confusão teve início ainda com a bola rolando, quando torcedores do Galo arremessaram copos em direção aos jogadores do rival e paralisaram a partida por cinco minutos.

Além disso, sinalizadores foram acesos e bombas arremessadas das arquibancadas. Uma delas, inclusive, atingiu o fotógrafo Nuremberg José Maria, que quebrou três dedos e rompeu o tendão do pé. Outras chegaram a explodir bem próximas de atletas do Flamengo.

Houve ainda mais confusão após o apito final. Alguns alvinegros tamparam o rosto com camisetas e usaram algumas barras de contenção para tentar entrar no campo. Rapidamente, foram confrontados pela segurança do estádio.

No momento da invasão, os flamenguistas, que celebravam a taça no centro do gramado, correram para a direção oposta. O atacante Hulk foi ao centro do conflito e exigiu que a confusão fosse cessada. Pouco depois, os defensores Maurício Lemos e Battaglia se juntaram ao camisa 7.

Denúncia do STJD e interdição da Arena MRV

Com toda a confusão, a procuradora do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) denunciou o Atlético, com base no artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que traz punições para quem “deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir” as desordens no estádio. 

Na terça-feira (12/11), o presidente do STJD, Luis Otávio Verissimo, deferiu o pedido da Procuradoria e interditou a Arena MRV.

Em nota oficial, o clube alvinegro atestou que cumprirá a ordem do STJD, mas contestou o modus operandi do tribunal, já que a decisão foi tomada sem que houvesse direito de defesa por parte do Atlético.

E, apesar de aceitar a condenação, o No Ataque apurou que o Atlético vê a decisão do STJD como uma “punição dupla”.

A estratégia do jurídico do Galo no STJD será de tentar alterar essa punição para haver uma correção, possibilitando o uso da Arena MRV – com portôes fechados – ou a presença de torcedores em outro estádio.

Os jogos restantes do Atlético como mandante em 2024 são pelo Campeonato Brasileiro: enfrentará Botafogo, em 20 de novembro, às 21h30; Juventude, em 26 de novembro, às 21h30; e Athletico-PR, em 8 de dezembro, sem horário definido.

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